NOVO BANCO – Internacionalizar com segurança

O Novo Banco tem um longo histórico de apoio à internacionalização das PME, através da disponibilização de linhas de crédito, entre outros serviços e produtos financeiros. Paulo Franco, coordenador do Departamento de Desenvolvimento e Marketing de Empresas do Novo Banco, explicou à Executive Digest como se processa o apoio às empresas exportadoras. 

O Novo Banco tem vindo a apostar fortemente no apoio às PME exportadoras. Porquê esta aposta?

Desde sempre o Novo Banco tem investido nesta área de apoio às exportadoras. A experiência que temos no apoio ao comércio internacional, reconhecido em diversos prémios de melhor banco de Trade Finance, permite-nos apresentar uma oferta mais completa às necessidades das empresas.

As PME exportadoras apresentam melhores indicadores comparativamente às sociedades que só apostam no mercado interno. Para além de apresentarem maiores taxas de crescimento dos seus volumes de negócios, conseguem conciliar esta performance com maiores índices de produtividade e de autonomia financeira. Assim, a aposta nas empresas portuguesas exportadoras é para manter.

Quais as características das linhas de crédito disponíveis para empresas exportadoras?

Temos várias tipologias de linhas de crédito que permitem apoiar as empresas nas várias fases do processo pré e pós exportação, além de soluções para mitigar alguns riscos como o de Risco de Crédito e de País, através do Trade Finance, ou para reduzir os riscos cambiais. Para ser um verdadeiro parceiro de exportação, um banco tem que ter soluções que garantam a certeza dos recebimentos das exportações, mas antes disso tem que ter linhas que permitam pré-financiamento à exportação, ou seja, conceder crédito para que as empresas possam adquirir as matérias-primas necessárias à produção. Não esquecer também as soluções de cobertura de risco cambial.

No Novo Banco, qual a representatividade do crédito a empresas exportadoras portuguesas?

A representatividade junto do tecido empresarial constata-se pelo facto de 55% das empresas nacionais com volume de negócios acima de 2,5 milhões de euros serem clientes do Novo Banco; esta representatividade nas exportadoras é ainda superior, com 60% das empresas a serem clientes do Novo Banco.

Qual a quota de mercado do Novo Banco no segmento de empresas e negócios de exportação?

O Novo Banco é um dos principais parceiros das empresas nacionais, com uma quota de mercado do crédito concedido, em Maio, de cerca de 18%. Já no negócio das exportações, onde o Novo Banco tem uma forte tradição de apoio às PME, as soluções de Trade Finance destacam-se com uma quota próxima dos 22%.

Quais os riscos associados à internacionalização que mais preocupam as empresas nacionais?

As preocupações das empresas nos seus processos de internacionalização e exportação centram-se nos riscos cambial, de país, de crédito/recebimento, jurídico/ legal e ainda o risco da própria adequação dos seus produtos/ serviços no mercado de destino.

Mais uma vez, a experiência do Novo Banco no comércio internacional tem permitido desenvolver a nossa oferta de produtos financeiros e parcerias que permitem a gestão dos riscos atrás identificados.

Quais os mercados que apresentam melhores perspectivas para as empresas nacionais?

A globalização da economia mundial veio trazer oportunidades para as empresas em todas as geografias mundiais. No entanto, é claro que algumas geografias são mais fáceis de abordar do que outras e que as taxas de crescimento dos países e das importações também diferem.

Desta forma, o segredo do sucesso é conseguir apostar em mercados que permitam optimizar a facilidade de fazer negócios, com a procura pelos produtos das empresas, para maximizar o retorno do investimento.

Quais as características dos mercados externos que deve ter em conta ao delinear uma estratégia de internacionalização?

As empresas têm que ter a certeza de que o mercado que vão abordar valoriza o seu produto. Seguidamente têm que encontrar os parceiros certos para esse mercado. E como parceiros incluímos não só os importadores mas também um conjunto de stakeholders que são necessários ter em conta para a concretização das transacções.

A estratégia tem que identificar, logo em Portugal, desde os parceiros logísticos e jurídicos adequados ao mercado de destino até ao parceiro financeiro, que deve ter nesse destino bancos correspondentes, fortes e alinhados com o negócio.

O Portugal Exportador é uma iniciativa do Novo Banco com a AICEP e a Fundação AIP e conta já com 12 edições. Qual o balanço desta iniciativa?

O balanço é positivo, pois o peso do sector exportador na economia portuguesa não pára de aumentar. Desde há 12 anos temos tido muitas empresas que começaram a dar os seus primeiros passos na exportação (na altura apoiadas pelos três co-organizadores do Portugal Exportador) e que agora já apresentam os seus casos de sucesso a outras empresas.

Mas, se é reconhecido por todos um grande trabalho das exportadoras nos últimos anos (de facto o número de empresas exportadoras aumentou bastante e exportamos bens com maior valor acrescentado), não é menos verdade que esse esforço tem de continuar, pois o nível de concentração empresarial das exportações portuguesas ainda é elevado: 24% num conjunto de apenas vinte empresas. O aumento do volume das exportações e do número de empresas exportadoras continua a ser crítico para o País, e é por isso que o Portugal Exportador continua a fazer todo o sentido: conseguimos estar junto dos empresários, dando-lhes informação sobre as diversas especificidades e cuidados a ter nos seus processos de internacionalização, bem como transmitir-lhes a nossa experiência, a da AICEP e da Fundação AIP, de décadas a actuar nos mercados internacionais e a apoiar PME.

Quais as novidades previstas para a edição deste ano?

O evento deste ano irá manter a sua filosofia de workshops de abordagem aos mercados estratégicos para as empresas nacionais mas irá incorporar dois elementos que as empresas têm vindo a pedir.

Vamos acrescentar ao Portugal Exportador 2018 seminários sectoriais, em que serão apresentadas as oportunidades para sectores específicos estratégicos para Portugal, e também criar mais momentos que promovam o networking entre os participantes.

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