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Nova SBE: Aprendizagem ao longo da vida
A Nova School of Business and Economics (Nova SBE) é a universidade portuguesa mais bem classificada no ranking do FT e este reconhecimento internacional é um orgulho e marca uma trajectória histórica de mais de 40 anos de aposta no futuro, na vanguarda e na inovação. Esta distinção é importante também porque gera exposição internacional. «O mercado português já reconhece o retorno de uma aposta na Nova SBE, mas temos ambição de tornar-nos numa escola global de renome, relevante internacionalmente, e trazer uma comunidade grande de estudantes para Lisboa – isto já acontece com grande expressão ao nível das licenciaturas e dos mestrados, mas queremos levar esta missão também ao mundo corporativo», explica Marta Pimentel, Executive Education Director da Nova SBE. A instituição tem como algumas das principais bandeiras a diversidade, a sustentabilidade e impacto, e a ambição de criar uma comunidade diversa que coabita no campus e respeita a diferença e a multiculturalidade. «Esta posição nos rankings dá-nos a oportunidade de chegar a mais públicos e tornar a escola num centro multicultural, com estudantes de todo o mundo», acrescenta a responsável.
De facto, a formação tem vindo a ganhar cada vez mais importância e quando olhamos para todas as expressões numéricas e sectoriais, vemos que o sector da educação é dos que tem crescido mais. Este facto está ligado com duas premissas: aprendizagem ao longo da vida e retenção de talento. No que diz respeito à primeira, hoje as competências têm um prazo de validade, porque o mundo tem mudado de forma exponencial e imprevisível e é preciso ir estudando ao longo da vida para nos mantermos actualizados e adquirirmos as competências necessárias para desempenharmos funções com alta performance e capacidade de inovação.
Por outro lado, é importante que as empresas mantenham os seus quadros qualificados para enfrentarem os seus desafios estratégicos e, por esta razão, precisam também de investir nos seus colaboradores. «Hoje os talentos têm uma mobilidade incrível e rapidamente encontram alternativas, em Portugal como no resto do mundo. Os nossos talentos passam a vida em mobilidade. Se no passado tinham a ambição de trabalhar em marcas de referência, hoje as empresas de referência são países. Reter talentos é, por isto, um desafio enorme, porque se compete no mercado global. Apoiar o desenvolvimento dos colaboradores é um activo de remuneração. A formação é, sem dúvida, uma forma de reter estes talentos», sublinha Marta Pimentel.
Com a incerteza de contexto actual – de que são exemplos a pandemia e a guerra na Ucrânia – há mudanças estratégicas no mundo das quais não existe histórico e, por isso, geram uma série de novos problemas complexos que as empresas sozinhas têm dificuldade em responder. O mesmo se passa com as escolas. «É na simbiose e na parceria que conseguimos conjugar problemas reais e explorar soluções possíveis, testar, explorar contextos e evoluir. Porque, a bem da verdade, o problema é tão complexo e multivariado que uma só pessoa ou uma só organização tem dificuldade em resolver.
O mundo está muito mais sistémico e conectado e estas multivariáveis obrigam a existência de diferentes perspectivas. Portanto, esta combinação entre a academia e as empresas é crucial, não só para construir o futuro, mas muitas vezes para responder às tempestades do presente», conta Marta Pimentel. Aliás, o Nova SBE Innovation Ecossystem é um bom exemplo desta parceria, trazendo problemas reais de empresas parceiras para serem respondidos por professores, alunos e membros da própria organização.
PORTEFÓLIO
O actual contexto veio reforçar a necessidade de repensar o portefólio, as metodologias e a forma de adaptação às necessidades das empresas. A Nova SBE ajustou o portefólio em oito áreas diferentes. Quatro destas são as suas áreas de especialização: Economia & Finanças; Gestão & Estratégia; Liderança & Pessoas e Marketing, Vendas & Supply Chain. As restantes são áreas nas quais fortalecem a oferta e que acreditam serem cruciais para as empresas de futuro: Inovação & Empreendedorismo; Data & Tecnologia; Sustentabilidade & Impacto e Turismo & Hospitalidade. «O que a Nova SBE tem feito é mapear os temas críticos que as empresas vão enfrentar, para podermos, juntos, nesta ideia de simbiose, ajudar as empresas a preparem-se para enfrentar os desafios futuros», afirma.
Em expansão estão, sem dúvida, os temas Inovação & Empreendedorismo, Data & Tecnologia e Sustentabilidade & Impacto. Estes três temas são transversais a todas as empresas. Todas terão obrigatoriamente de passar por estes temas que têm apresentado um crescimento exponencial. Para além destes, a área da Liderança, Pessoas & Cultura tem vindo a ganhar cada vez mais relevância, porque as organizações são feitas por pessoas, e todos estes movimentos de aceleração exponencial abruptos no contexto global geram altos impactos nos colaboradores. Por isso, temáticas como agilidade, adaptação cultural, well-being, capacidade das pessoas conviverem nas suas organizações e em trabalho remoto têm tido procura.
Quando falamos de programas customizados, sabe-se que hoje não há dois problemas iguais. Pode haver um desafio de liderança, por exemplo, mas este é diferente numa PME, numa grande empresa, no sector da hospitalidade e do turismo, na administração pública. Todas as empresas têm particularidades. Por isso, costumam adaptar a solução junto a cada organização. «Do ponto de vista de portefólio aberto já falamos das grandes temáticas que ganham protagonismo nas agendas das organizações, é importante também destacar que os executivos precisam de acompanhar este movimento de constante actualização. Um update essencial em competência de inovação, liderança, sustentabilidade e data são críticos», explica Marta Pimentel.
DESAFIOS
Têm sido colocados muitos desafios de liderança, desde trabalho remoto, passando pelo futuro do trabalho e pela gestão de talentos, a problemática da mobilidade e retenção de talentos tem ocupado muito tempo das agendas estratégicas das organizações. Também surgem muitos temas de inovação, empreendedorismo, tecnologia e decorrente destas mudanças as questões de agilidade, cultura e mudança organizacional. «Há uma certa simbiose entre estas três áreas, porque são necessárias estratégias mais inovadoras, o que implica novas tecnologias e um novo mindset. Também há cada vez maior preocupação com a sustentabilidade e o impacto, porque as empresas sabem que têm um papel fundamental a desempenhar nesta construção de um futuro mais sustentável.»
A procura por formandos internacionais tem vindo a aumentar e Marta Pimentel acredita que há aqui um tripé que joga a favor da instituição. Por um lado, Portugal e Lisboa, em particular, têm um ecossistema empreendedor apetecível, ao qual se junta condições climatéricas, de qualidade de vida e custo. Portugal tem conquistado um espaço internacional e, a par disto, a educação no nosso país é percepcionada como de alta qualidade – aliás, nos rankings não é só a Nova SBE que ganha protagonismo, há uma série de escolas e universidades com bom posicionamento. «É bom fazer parte do ecossistema educacional que é relevante. Depois, a qualidade do corpo docente e do conhecimento da Nova SBE, a própria infra-estrutura atrai muitos alunos. Crescemos também em termos de visibilidade e temos uma grande oferta online, o que permite alcançar novos públicos que acabam por experimentar uma formação remotamente e que, muitas vezes, decidem mesmo viver a experiência em pessoa, em Portugal.»
Sobre o momento actual, a missão de um gestor é mesmo gerir paradoxos. Já não estamos no tempo em que existiam problemas simples, soluções predefinidas e sabíamos que, se aplicássemos determinado remédio a um problema, encontrávamos a cura. «Na verdade, vivemos num mundo no qual há situações complexas, multivariáveis e por isso mais difíceis de resolver. É preciso estar sempre à procura de novos “remédios” ou mesmo novas “curas”. E, mais uma vez, este facto vem ao encontro da necessidade de lifelong learning e de estar próximo das universidades, para criar soluções para os problemas, antecipar problemas que ainda não existem, mas que podem ter alto impacto, criando cenários e estratégias inovadoras», conclui Marta Pimentel.
Este artigo faz parte do Caderno Especial “MBA, Pós-Graduações & Formação de Executivos”, publicado na edição de Setembro (n.º 198) da Executive Digest.