EDP – Promover a descarbonização
Na EDP, a electrificação de consumos baseada em produção renovável responde à necessidade de descarbonização. «Pretendemos chegar a 2020 com mais de 75% de capacidade instalada renovável, repartida por hídrica, eólica e solar. Note-se que fechámos 2017 com 74%», refere fonte oficial do grupo. A EDP tem também o compromisso de reduzir em 75% as emissões específicas de CO2 até 2030, face aos níveis de 2005, um objectivo alinhado com as exigências de descarbonização previstas no Acordo de Paris e reconhecido como cientificamente relevante pela Science Based Target Initiative. «A nossa estratégia passa por estabelecer parcerias com outras organizações para a criação de condições indutoras de modelos de desenvolvimento mais sustentável. Destaque para o SEforAll, dedicado à promoção da universalização do acesso à energia sustentável, o World Business Council for Sustainable Development (WBCSD) ou, em Portugal, o BCSD», avança a mesma fonte.
Paralelamente à aposta na produção renovável, o grupo está a desenvolver um conjunto de soluções que permitam aos clientes reduzir a factura, aumentando a eficiência, e, ao mesmo tempo, reduzir emissões. Serviços como o Save to Compete, para grandes e pequenas empresas, e que já permitiram poupar 22,5 milhões de euros e evitar a emissão de 84 mil toneladas de co2 aos aderentes no conjunto da Península Ibérica. As auditorias, os sistemas de gestão de consumos domésticos como o edp re:dy, as campanhas de troca de equipamentos e de lâmpadas, co-financiadas pela ERSE, os sistemas de microgeração solar fotovoltaico para autoconsumo são apenas alguns dos exemplos.
MOBILIDADE ELÉCTRICA
Há uma outra aposta, mais recente, que pode vir a ser decisiva no combate às alterações climáticas: a mobilidade eléctrica. «Estamos a instalar postos de carregamento eléctrico e a promover tarifários competitivos para carregamento doméstico, em parceria com as principais marcas automóveis. Internamente, temos o objectivo de electrificar toda a nossa frota de veículos ligeiros até 2030. Tudo isto implica um esforço de investimento em inovação estimado em 200 milhões de euros até 2020», indica a fonte oficial. A electricidade atravessa uma profunda transformação. «Estamos a digitalizar as redes, os contadores, dotando todo o sistema com capacidade de processamento de dados e de conectividade, convergindo com o mundo das tecnologias de informação.
Um sistema eléctrico inteligente, descarbonizado, inclusivo é a resposta da EDP à necessidade crescente de ganhos de competitividade e de bem-estar, garantindo equilíbrios sociais e ambientais», indica a fonte.
Neste âmbito, a EDP está presente activamente na mobilidade eléctrica desde 2014. Nessa altura lançou uma oferta específica para clientes com veículos eléctricos que incluía a oferta de um ano de electricidade, tarifários de energia com 10% desconto à noite e também um posto de carregamento para instalação em casa dos clientes. Iniciou igualmente parcerias com a grande maioria das marcas automóveis que comercializam veículos eléctricos para a promoção conjunta do mercado de mobilidade eléctrica – tem actualmente parceria com 13 marcas.
«Para divulgação da mobilidade eléctrica e comunicação com o cliente, temos disponível um website com uma forte componente pedagógica, canais comerciais exclusivos para responder a questões de clientes da mobilidade eléctrica e desenvolvemos iniciativas diversas para promover a experimentação de veículos eléctricos», indica a fonte oficial. «De uma forma geral, pretendemos eliminar as barreiras de adopção à mobilidade eléctrica e do feedback que recolhemos junto dos clientes e dos parceiros são apontados o investimento inicial na compra do carro, a autonomia e as soluções de carregamento tanto em casa como on going. Do lado do preço e autonomia, naturalmente a evolução do mercado e da tecnologia irá conduzir a uma redução do preço dos veículos eléctricos e ao aumento da autonomia. Em relação ao carregamento estamos a trabalhar para desenvolver soluções inovadoras, atractivas para que os clientes possam carregar em suas casa, condomínios, empresas e na rua de forma simples e com toda a comodidade.
A EDP tem apostado na instalação de postos de carregamento rápidos em auto-estradas, em parceira com a Repsol, e no centro de algumas cidades espalhados pela País.
Até à data tem instalados 10 postos de carregamento rápidos em Portugal, dos quais quatro na A1 para facilitar a ligação entre Lisboa e o Porto, e os restantes nas cidades de Aveiro, Évora, Lisboa, Valença, Viana do Castelo e Vila Real.
Em 2017, os 10 Postos de Carregamento Rápidos totalizaram cerca de 11 mil carregamentos e 122 MWh de energia fornecida, o que corresponde a 1 milhão de kms em veículos eléctricos.
Em termos de expansão estão planeados novos investimentos ambiciosos para a rede de carregamento ainda em 2018. De referir ainda que também em Espanha a EDP já tem dois postos de carregamento rápidos e estão planeados mais 48. No Brasil vão ser instalados seis postos de carregamento rápido no corredor Rio de Janeiro – São Paulo em parceria com a BMW.
APOIO DE PROJECTOS
A EDP promove também activamente medidas, programas e projectos de eficiência e poupança energética. Em Portugal, destaca-se a participação no Plano de Promoção da Eficiência no Consumo de Energia Elétrica (PPEC), promovido pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), que incentiva a implementação de medidas para a adopção de hábitos de consumo e de equipamentos mais eficientes por parte dos consumidores dos diferentes segmentos de mercado – Residencial, Comércio e Serviços e Indústria e Agricultura.
Entre 2007 e 2016, as medidas implementadas pelo Grupo EDP, em Portugal, permitiram uma poupança energética de, aproximadamente, 3.600 GWh e evitaram a emissão de cerca de 1,3 milhões de toneladas de CO2.
Em 2016, foi lançado um novo concurso, cujo período de implementação será durante o biénio 2017-2018. O Grupo EDP viu aprovadas 19 medidas (mais três que no concurso anterior), que representam 67% do financiamento disponível. Estima-se que a implementação destas medidas permita uma poupança aproximada de 671 GWh e uma redução de 248.084 toneladas de CO2, tendo em conta o período de vida útil dos equipamentos.
No segmento Residencial destacam- se as medidas de promoção de iluminação eficiente, como a troca de lâmpadas de halogénio por tecnologia LED (cerca de 250 mil unidades) e o apoio à compra de termoacumuladores eficientes, bombas de calor e redutores de caudal.
Das 19 medidas aprovadas no concurso PPEC de 2017-2018, 13 são direccionadas para o segmento B2B dando, desta forma, oportunidade às empresas de aceder a condições vantajosas na aquisição de produtos e serviços de eficiência.
«No programa de 2017- 2018 repetem-se medidas de grande sucesso no programa anterior, cujo valor de financiamento foi rapidamente esgotado e ultrapassado pelas candidaturas recebidas, como a promoção da melhoria dos sistemas de fornecimento de ar comprimido em instalações industriais, a substituição de motores de eficiência reduzida por motores de alto rendimento e a instalação de variadores electrónicos de velocidade», afirma a fonte oficial.
O carácter inovador desta edição relaciona-se com a implementação de uma plataforma online que permite às empresas e instituições candidatarem-se ao programa de uma forma simples e rápida. Após o registo, a entidade candidata terá apenas de completar um formulário com alguma informação, seleccionar a medida a que pretende candidatar-se e a instalação e, por fim, responder a três ou quatro perguntas para caracterizar a situação existente na mesma. A entidade candidata pode ainda colocar as suas dúvidas através de um formulário na plataforma, assim como, acompanhar o estado da sua candidatura.
Para garantir consistência na seriação das candidaturas foi constituído um Comité técnico que se reúne quinzenalmente para seleccionar as candidaturas elegíveis com maior potencial. As candidaturas seleccionadas são alvo de uma visita técnica que permitirá desenhar a solução e formalizar a proposta de implementação ao candidato.
Até à data foram recebidas 629 candidaturas, das quais 235 correspondem a Empresas e 394 ao Sector Público. Estes números confirmam a grande adesão ao programa. No total já foram seleccionadas 179 candidaturas com potencial para análise técnica mais detalhada.
Para além das medidas financiadas pelo PPEC, no sector empresarial da Península Ibérica, a EDP apoia a implementação de projectos de eficiência energética através do programa Save to Compete (www.savetocompete. com), onde são identificadas medidas de redução do consumo energético, promovendo-se a sua implementação e custeio através das poupanças geradas.
SAVE TO COMPETE
A EDP, associada a vários parceiros, como a CIP, BPI, Santander, ANIMEE, lançou no final de Junho de 2012 o programa Save To Compete – programa de apoio à implementação de projectos de eficiência energética nas grandes empresas.
O S2C assenta num modelo em que cada projecto de eficiência energética é pago com parte das poupanças geradas ao longo do tempo, sem que a empresa beneficiária tenha a necessidade de investir directamente, não comprometendo, assim, recursos financeiros necessários ao crescimento do seu negócio.
Este ano, o programa foi adaptado à nova realidade e as empresas podem agora gratuitamente aderir ao Save to Compete e ter acesso a propostas de eficiência energética customizadas e desenhadas com base no conhecimento. Tudo é possível através de uma plataforma inovadora criada de raiz para o efeito e disponível em edp.pt/ save-to-compete.
As soluções para as quais os clientes empresariais podem actualmente simular e efectuar o download da proposta são o solar fotovoltaico, iluminação eficiente, eliminação do custo com energia reactiva, motores de alto rendimento e variadores electrónicos de velocidade.
Até ao final do ano vão ficar disponíveis novas soluções como o aumento do nível de tensão, a gestão de consumos e sistemas de ar comprimido.
Caso o investimento nos projectos seja superior a 250 mil euros, as empresas podem ainda ter acesso ao fundo de financiamento criado em parceria com a ECS Capital, líder no mercado de private equity.
Outra novidade do programa é a venda de algumas soluções como serviço, tratando-se da oferta indicada para os clientes empresariais começarem a poupar de imediato, sem necessitarem de investir ou gerir equipamentos.
Ao longo dos últimos cinco anos, foram investidos pelas empresas aderentes ao programa mais de 60 milhões de euros em eficiência energética, economizados cerca de 18 milhões de euros e evitadas 68 toneladas de CO2.