BP: Apoiar países, cidades e empresas
EXECUTIVE DIGEST CONTENTSO paradigma da energia no mundo está a mudar. A bp ambiciona ter um papel activo nesta transição e, em Fevereiro de 2020, com a entrada do novo CEO, Bernard Looney, a bp assumiu como nova ambição tornar-se uma empresa com emissões líquidas nulas de carbono – Net Zero – até 2050, ou antes, e ajudar o mundo a atingir o mesmo objectivo.
«O nosso propósito passou a ser reinventar a energia para as pessoas e para o planeta, melhorando a qualidade de vida e reduzindo o impacto no ambiente. Isto traduz-se, entre outros objectivos, na redução significativa do carbono emitido nas nossas operações e na nossa produção – cerca de 415 milhões de toneladas de emissões – 55 milhões provenientes das nossas operações e 360 milhões do teor de carbono da nossa produção de petróleo e gás upstream. Estas são reduções absolutas, para um valor líquido, que é aquilo de que o mundo mais precisa», afirma fonte oficial da empresa.
Em simultâneo, vão continuar a desenvolver cada vez mais negócios, produtos e serviços de baixo carbono enquanto defendem o rápido e fundamental progresso em direcção aos objectivos de Paris, esforçando-se sempre para ser líderes em transparência. «Enquanto player de enorme relevo no mercado de energia, estamos conscientes de que desempenhamos um papel essencial naquele que é um paradigma energético em contante, e rápida, mudança. E é nesse sentido que trabalhamos desde o primeiro momento com o intuito de que a experiência e o conhecimento que a bp possui, aliados à vontade de fazer mais, seja uma mais valia não só para o nosso negócio como para o contexto de transição em que o mundo se encontra», diz fonte oficial da empresa.
Na bp, as ambições de baixo carbono não são uma novidade. A empresa trabalha há algum tempo no desenvolvimento de soluções solares, no carregamento de veículos eléctricos e nos biocombustíveis sustentáveis. Há várias décadas que operam neste sentido e disso resulta o facto de, em 2019, terem atingido a meta de redução de emissões sustentáveis, seis anos antes do previsto.
Em termos práticos, o programa de acreditação Advancing Low Carbon (ALC) procura, desde o seu lançamento em 2017, inspirar todos aqueles que fazem parte da bp a identificar oportunidades de baixo carbono para apoiar a ambição da neutralidade carbónica. Desde então, foram acreditadas 76 actividade em 2019 e 52 em 2018, cada uma apoia a ambição, reduzindo as emissões nas operações, melhorando os produtos ou criando negócios de baixo carbono.
«Nos nossos produtos procuramos também oferecer soluções ao consumidor que não só respondam às suas necessidades como também contribuam para a redução do impacto da sua utilização no meio ambiente. Em Portugal fomos pioneiros na introdução de low carbon fuels que continuamos a desenvolver para que sejam cada vez melhores e mais eficazes, aumentando a diversidade das nossas ofertas energéticas agregadas com menores emissões», sublinha fonte oficial da empresa.
TARGET NEUTRAL
A bp procura também contribuir para a redução da pegada ambiental a um nível externo, através, por exemplo, da compensação de carbono. O bp Target Neutral é um programa internacional cujo objectivo passa por ajudar pessoas e negócios a atingir a neutralidade carbónica. Desde 2006, a bp, a nível global, ajudou os seus consumidores a reduzir e compensar mais de cinco milhões de toneladas de emissões de carbono ao melhorar os produtos e serviços oferecidos e compensando posteriormente as emissões residuais através da compra de créditos de carbono de um portefólio de projectos em todo o mundo. A par da redução das emissões, estes projectos contribuem para melhorar a vida de milhões de pessoas garantindo- -lhes um melhor acesso a energia, saúde, educação e postos de trabalho. O portefólio de projectos actuais abrange sete iniciativas de redução de carbono na Índia, Brasil, China, Indonésia, Zâmbia, EUA e México e, em cada uma, há um exemplo de progresso humano proporcionado pelos esforços de redução do carbono.
Na bp estão conscientes de que o orçamento de carbono mundial é finito e que caminha para esgotar rapidamente, dadas as necessidades e aspirações da sociedade. Mas sabem que têm competências e vontade para ajudar o mundo a conseguir energia mais limpa e é nesse sentido que se desenvolvem os seus objectivos. «O nosso compromisso assenta em promover um futuro de baixo carbono, sustentado pela nossa estrutura “reduzir, melhorar, criar” (RMC), concentrada na redução das emissões de gases de efeito estufa nas nossas próprias operações, no aperfeiçoamento dos produtos bp para ajudarmos os nossos clientes a reduzir as suas emissões e na criação de negócios de baixo carbono que suportem a transição energética», refere fonte oficial.
Desde que, em 2018, estabeleceram metas para ajudar a enquadrar o compromisso de avançar na transição energética que este caminho de baixo carbono acelerou significativamente. Em 2019, alcançaram 1,4 MteCO2e de reduções sustentáveis de emissões (SER) – o que reflecte o envolvimento e a actividade contínua de todo o grupo desde que as metas foram definidas. Já em 2020, querem fornecer uma actualização sobre a próxima fase da estrutura que, em termos práticos assentes no eixo redução, estabelecem para as emissões nas nossas operações: crescimento líquido nulo nas emissões operacionais até 2025; 3.5Mte de reduções sustentáveis de GEE até 2025; 0,2% de intensidade de metano.
MISSÃO
Sobre que papel devem ter as empresas para ajudarem Portugal a atingir a neutralidade carbónica em 2050, a visão da empresa é a de que, à semelhança do que está a ser feito pela bp, a missão da neutralidade carbónica em 2050, deve ser assumida pelas empresas como inerente ao seu propósito e condutor das suas actividades e operações. Só assim, com compromisso e dedicação, será possível contribuir positivamente para o progresso do país neste sentido. «Todos temos a nossa quota parte de impacto nas emissões produzidas diariamente e, por isso, todos temos o dever de fazer algo, de mudar intrinsecamente, para que o nosso impacto seja constantemente reduzido», diz fonte oficial da empresa.
Em relação, aos riscos e oportunidades de transição energética e alterações climáticas, o cenário que agora encaram traz simultaneamente desafios e oportunidades. O caminho em que o mundo se encontra actualmente não é sustentável e requer uma rápida transição para uma energia baixa em carbono que permita responder aos objectivos de Paris. Isto significa que, na bp, são impulsionados a responder à crescente procura por energia mais limpa, confiável e acessível.
«A urgência deste processo exige de nós um esforço redobrado para encontrar soluções, mas acreditamos que temos as competências necessárias para o fazer e que a nossa vontade surge como vantagem para o conseguirmos. Acreditamos também que o mundo está cada dia mais consciente desta necessidade pela actuação de todos e que, em conjunto, conseguiremos chegar mais longe e fazer mais pelo nosso planeta. Esta é também uma oportunidade de desenvolvermos melhores produtos e serviços que respondam a este desafio da transição energética e que permitam um futuro muito mais positivo para que, nas décadas que se seguem, a energia seja dos menores problemas que o mundo possa enfrentar», explica fonte oficial.
Do novo propósito da bp faz parte uma outra vertente essencial: manter o desempenho enquanto se transformam. Em primeiro lugar, o compromisso em garantir operações seguras e confiáveis permanece inalterado. Por outro lado, a proposta para os investidores permanecerá inalterada. Tudo isto encontra-se em linha com um propósito: proteger as pessoas, apoiar as comunidades e fortalecer as finanças num mercado altamente volátil. Enquanto isso, tomam acções decisivas para fortalecer as finanças – reforçando a liquidez, reduzindo rapidamente gastos e custos, diminuindo o ponto de saldo de caixa.
Ao assumir o compromisso com as emissões líquidas nulas de carbono, a empresa compromete-se também em ajudar o país, cidades e empresas a fazê-lo. Ao mesmo tempo, ambiciona estender esse apoio a governos e indústrias com a aproximação da COP26 e da Conferência da Biodiversidade da Nações Unidas. Procuram também novas formas de apoiar os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, garantindo o compromisso com operações seguras e de confiança, respeitando as pessoas e as comunidades onde trabalham, e oferecendo valor àqueles que confiam em si os seus investimentos.
«Queremos contribuir para o desenvolvimento sustentável e, a nossa actividade comercial toca directa ou indirectamente em muitas das metas, mas concentramos o nosso esforço em metas específicas que se alinham com nossa estratégia e com os objectivos de negócios actuais», conclui fonte oficial.