Agriloja: Sentir a vida

O conceito de Agriloja baseia-se no livre serviço, mas o atendimento assistido da equipa de loja e dos seus colaboradores especializados, é uma mais- -valia para esclarecer o cliente nas suas necessidades. Em entrevista, os responsáveis explicam os principais desafios da empresa para o futuro.

Quais os factores críticos de sucesso e as forças diferenciadoras da Agriloja?

Estamos ao lado do consumidor “Faça você mesmo” e do profissional, dos seus animais e plantas, promovendo a qualidade de vida na sua casa e espaço exterior. Na Agriloja encontra-se diversidade de soluções ao melhor preço para a Agricultura, Jardim, Pecuária, Animais de Estimação, Bricolage e Casa.

Quem visita uma loja Agriloja sente vida. As plantas, hortícolas, árvores de fruto e os respectivos adubos, substractos, tratamentos e ferramentas para a manutenção das culturas agrícolas e de jardim. E ainda se encontra animais de capoeira (pintos, galinhas, coelhos) e de estimação (pássaros, peixes, roedores e répteis), bem como toda uma vasta gama de nutrição alimentar, habitats e acessórios para o bem-estar e criação.

O conceito de Agriloja baseia-se no livre serviço, mas o atendimento assistido da equipa de loja e dos seus colaboradores especializados, é uma mais-valia para esclarecer o cliente nas suas necessidades. A existência do balcão para venda de produtos fitofarmacêuticos é um factor diferenciador em relação a outras insígnias de retalho, já que somos especialistas nesta área há mais de 20 anos.

Como é que está a ser feito o processo de expansão da Agriloja? E para onde?

A estratégia de expansão da rede de lojas Agriloja passa por três vertentes: abertura de lojas próprias; por franchising e através da aquisição de lojas abertas com negócio que possibilite a transformação para o conceito Agriloja.

Procuramos locais com alguma densidade populacional onde se sinta alguma ruralidade, com uma população que resida em moradias com espaço exterior para jardim, pequena horta ou capoeira, ou possibilidade de ter piscina ou terreno agrícola.

Qual o balanço da vossa actividade de franchising em Portugal?

Estamos activamente a avaliar o potencial de localizações e de edifícios com capacidade para implantar uma loja Agriloja. Têm crescido o número de candidaturas de empreendedores que pretendem investir em regime de franchising, devido à notoriedade da marca e por ser um conceito de negócio testado e comprovado. No final deste ano, contaremos com 31 lojas, sendo 20 de gestão própria e 11 em regime de franchising. Por isso, o resultado é positivo e numa adaptação contínua para responder às necessidades do mercado e da operação.

Em relação ao trajecto de crescimento da marca, qual o vosso volume de facturação? E quanto tencionam crescer?

No ano passado tivemos um crescimento de 23% no volume de vendas, atingindo os 62 milhões de euros. Para 2021, prevemos atingir os 70 milhões de euros.

O que é preciso para ser franchisado Agriloja?

O principal requisito é ter a capacidade de investimento num negócio próprio de empreendedor, no qual tem a autonomia na gestão financeira e administrativa.

Que formação é dada ao franchisado e à equipa de loja?

Ao nível da formação para os franchisados destacamos:

  • Apoio à abertura de loja, a qual é assegurada por nós;
  • Formação inicial, on-job, do responsável de loja e da restante equipa, a qual acolhemos numa das nossas lojas;
  • Apoio à Gestão de Loja e Operação do Negócio, feito pelo coordenador de operações.

Para além disso são assegurados os sistemas de comunicação e de informação que optimizam os recursos e aumentam a eficiência dos serviços da rede, bem como os manuais do sistema informático, dos procedimentos operacionais e de merchandising.

A formação técnica e comportamental dos colaboradores Agriloja é uma área estratégica para nós, de forma a desenvolver talentos, conhecimentos técnicos e de gestão.

Toda a manutenção e cuidados com os animais e plantas são realizados pelas equipas de loja e por isso é fundamental garantir formação para manter a qualidade nos níveis exigidos.

Em média, quanto tempo passa desde a negociação até que um novo franchisado abre as portas do seu negócio Agriloja?

O tempo de abertura depende de alguns factores, tais como a prévia existência de um imóvel ou não, e existindo, qual o nível de intervenções necessárias de adaptação para integrar o conceito Agriloja. Deste modo diria que o prazo médio é de seis meses, com um máximo de um ano.

Qual é o investimento necessário para ser um franchisado Agriloja por Placa de Vendas: 250 m2, 1300 m2 e 2000 m2?

Mais uma vez, aqui dependemos do imóvel. Mas estamos a falar em temos médios de, 50 mil, 350 mil e 600 mil euros, respectivamente.

Na vossa opinião, quais os grandes desafios no mercado?

Os grandes desafios estão centrados no crescimento sustentável da rede de lojas Agriloja e garantir que a experiência de visitação a cada loja acompanhe as necessidades e expectativas do cliente, sem nunca descurar o atendimento que nos caracteriza e que contribui para a relação de confiança.

No entanto, a digitalização organizacional também é um desafio constante. Não estamos só a falar dos diferentes canais de comércio online mas também de implementar novas formas de trabalhar e optimizar processos tirando proveito da tecnologia. Temos de estar atentos ao mercado e ao consumidor. Estes evoluíram a nível de hábitos e estilos de vida.

Tem havido um crescimento de clientes com um perfil entre os 30 e 45 anos, com ligação à terra, aos animais e às soluções sustentáveis. O tipo de habitação em casa com quintal, possibilita espaço para pequena horta ou capoeira, jardim para lazer ou brincar com animais. Neste sentido, temos verificado o rejuvenescimento do nosso cliente e verificado uma ligeira tendência das pessoas que vivem nas cidades procurarem um estilo de vida mais rural.

Estamos a conseguir alcançar esses consumidores em resultado da nossa estratégia de comunicação. Isso tem fortalecido a relação com um público mais jovem, diversificando o nosso buyer persona que estava muito centrado na média de idade de 55 anos.

Qual foi a vossa estratégia para sobreviver ao contexto pandémico?

Tivemos de agir rápido e de forma objectiva para adaptarmo-nos ao contexto vivido. Isso teve um impacto significativo na operação do dia-a-dia das lojas: implementar planos de contingência e prevenção; responder aos constrangimentos de fornecimento sentidos aquando do confinamento; gerir emoções e o atendimento de proximidade que nos caracteriza tendo em conta as regras de prevenção. Isto só foi possível em grande parte devido ao empenho de cada equipa de loja, que nunca baixaram os braços, fazendo de tudo para que o impacto para o cliente, fosse o menor possível.

Mantivemos as lojas sempre abertas para manter a cadeia de abastecimento alimentar dos animais de estimação e pecuária, bem como para a manutenção de culturas agrícolas.

Quais as perspectivas para 2022?

Vamos manter a estratégia de crescimento da rede de lojas Agriloja para que dentro de cinco anos, seja composta por 50 lojas. Em 2022, prevemos continuar a crescer e a chegar mais perto de todos os consumidores nacionais, através de lojas físicas como da loja online.

Este artigo faz parte do Caderno Especial “Franchising”, publicado na edição de Novembro (n.º 188) da Executive Digest.

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