Por José Pedro Fernandes, Vice-Presidente da SISQUAL® WFM
Todos os anos, a Black Friday chega como um teste absoluto à capacidade operacional dos retalhistas. A pressão para responder ao aumento repentino da procura, manter a qualidade do serviço e garantir disponibilidade de produtos é enorme. Por trás das campanhas ousadas e das lojas cheias, há uma necessidade real de assegurar equipas preparadas, motivadas e suficientes para dar resposta ao volume de trabalho. Nesta altura, é comum assistir a uma corrida ao recrutamento de colaboradores temporários, muitas vezes efetuada em cima da hora, o que torna o planeamento dos turnos ainda mais complexo. A integração rápida destas novas pessoas, a par da gestão de quem já está na equipa, exige organização, clareza e flexibilidade, algo que o planeamento manual, burocrático e demorado, raramente consegue garantir sem causar falhas, stress e trabalho duplicado.
É precisamente aqui que as ferramentas de workforce management assumem um papel decisivo. A tecnologia permite hoje que o planeamento seja mais fluido e participativo, e soluções como o “Open Shifts” (Turnos em Aberto) são um dos melhores exemplos disso. Em vez de o líder de equipa passar horas a tentar encaixar disponibilidades, são os próprios colaboradores — permanentes ou temporários — que podem visualizar todos os turnos disponíveis e escolher aqueles que melhor se ajustam à sua rotina. Para quem entra na empresa apenas para reforçar durante a Black Friday, esta funcionalidade é particularmente vantajosa: facilita a integração, permite que rapidamente entendam como contribuir e dá-lhes a possibilidade de ajustar a carga de trabalho às suas necessidades, evitando o desgaste tão comum nas épocas de pico.
Para os colaboradores, este modelo eleva verdadeiramente o equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Organizar o próprio horário significa poder conciliar o trabalho com estudos, família, lazer e descanso, reduzindo o stress e aumentando a sensação de autonomia e respeito. Já para a empresa, os benefícios são igualmente estratégicos: maior satisfação e lealdade das equipas, redução do absentismo e da rotatividade, aumento da produtividade e uma drástica diminuição do tempo perdido em burocracia operacional. Além disso, quando falta pessoal para um turno crítico, algo especialmente frequente durante a Black Friday, basta abrir uma licitação e identificar de imediato quem está disponível e disposto a assumir o reforço.
Num período em que a velocidade de resposta pode definir o sucesso das vendas e a experiência do cliente, continuar a gerir equipas de forma manual e hierárquica é insistir num modelo que já não acompanha a realidade. A Black Friday é exigente, intensa e imprevisível, mas não precisa de ser sinónimo de desorganização e desgaste. Ao apostar em ferramentas de workforce management e em soluções como o “Open Shifts”, os retalhistas não apenas respondem às exigências do momento, como também valorizam as suas equipas e constroem um ambiente de trabalho mais sustentável. No fim, não é só o consumidor que deve sair satisfeito: a equipa que torna tudo possível deve ser a mais valorizada.




