Por: Gonçalo Heleno, IT Infrastructure & Security director da Asseco PST
Há pouco mais de uma década, o desenvolvimento de aplicações era dominado pelo chamado paradigma monolítico. Grandes blocos de código concentravam as funcionalidades de um sistema, criando soluções robustas, mas difíceis de se redimensionar. Apesar de eficientes no seu tempo, estas arquitecturas tornaram-se um entrave para organizações que queriam acompanhar a velocidade dos negócios.
Vivemos num mundo onde cada segundo conta. Seja no sector financeiro, na área de petróleo e gás, ou na indústria, as organizações enfrentam o desafio constante de inovar e crescer. A transição para a Hybrid Cloud foi, assim, uma evolução natural, surgindo como a resposta para quem quer liderar a transformação digital.
Qual é, então, o caminho certo? A solução está em modernizar aplicações existentes e construir soluções inovadoras, aproveitando as vantagens da cloud híbrida, que combina os benefícios das clouds públicas e privadas, com escalabilidade e ciclos de desenvolvimento mais rápidos.
Muitas empresas ainda dependem de aplicações tradicionais, sólidas, mas limitadas. Tornar estas aplicações Cloud Ready – através da conteinerização – significa dar-lhes um impulso de agilidade e escalabilidade, sem comprometer a segurança ou a estabilidade.
Já quando o objectivo é romper barreiras, o modelo Cloud Native é o caminho a seguir. Desenvolver aplicações em microsserviços significa criar sistemas mais rápidos, resilientes e independentes, que evoluem ao ritmo do negócio. Cada microsserviço é responsável por uma única funcionalidade e pode ser implementado e escalado de forma autónoma.
No entanto, tanto a modernização de aplicações legacy como a construção de soluções inovadoras trazem novos desafios. Como garantir a comunicação fluida entre múltiplos microsserviços? Como assegurar que os dados permanecem seguros e acessíveis? E como monitorizar a saúde de sistemas complexos?
O papel da orquestração: Red Hat OpenShift
Para gerir aplicações modernas, sejam elas baseadas em containers ou microsserviços, é essencial uma plataforma que ofereça flexibilidade e controlo. O Red Hat OpenShift surge como a base ideal para orquestrar esses ambientes, permitindo escalabilidade e eficiência operacional na Hybrid Cloud.
Ao adoptar uma abordagem híbrida, o OpenShift garante que as organizações combinam o melhor dos dois mundos: a agilidade e escalabilidade da cloud pública com o controlo e segurança da cloud privada. Essa orquestração simplifica a gestão de ecossistemas complexos, garantindo que os recursos são utilizados de forma eficiente e alinhados com as necessidades de negócio.
Escrutínio em tempo real: o papel do IBM Instana
A monitorização é hoje um dos maiores desafios em arquitecturas modernas, especialmente em ambientes baseados em microsserviços. Cada componente tem o seu ciclo de vida e interage com muitos outros, pelo que qualquer falha pode desencadear reacções em cadeia.
O IBM Instana surge como uma solução para este desafio, oferecendo escrutínio total e em tempo real sobre aplicações, serviços
e infra-estruturas. Com uma plataforma
de monitorização abrangente, as organizações podem obter insights detalhados sobre o desempenho dos seus sistemas, detectando problemas antes que impactem os utilizadores.
Seja um banco a processar transacções financeiras, ou uma refinaria a monitorizar sistemas críticos, o Instana oferece análise interna valiosa que assegura que tudo funciona sem falhas. No contexto da cloud híbrida, o Instana fornece ainda uma visão unificada de sistemas que operam, tanto em ambientes locais quanto em clouds públicas, garantindo uma vigilância contínua, eficiente
e confiável.
A história da persistência: IBM Storage Fusion
Imagine agora que cada microsserviço é uma ilha de um arquipélago. Para que a informação circule entre as ilhas de forma rápida e segura, é indispensável uma solução de armazenamento distribuído. É aqui que entra o IBM Storage Fusion.
Esta solução fornece armazenamento persistente em ambientes conteinerizados, garantindo a integridade e a acessibilidade dos dados, mesmo em cenários de falha. Além de ser uma tecnologia avançada, o IBM Storage Fusion é um alicerce para construir um ecossistema resiliente, destacando-se pela capacidade de escalar com o crescimento das organizações.
Em infra-estruturas híbridas, o Storage Fusion assegura que os dados permanecem disponíveis e protegidos, seja para suportar aplicações Cloud Ready ou Cloud Native. Esta fiabilidade torna-o um protagonista em sectores exigentes como o de petróleo e gás, ou no sector financeiro, para garantir resposta em factores críticos para o sucesso.
Ao integrar-se perfeitamente em arquitecturas de cloud híbrida, o IBM Storage Fusion elimina barreiras entre ambientes locais e cloud pública, criando uma camada de persistência que suporta a transformação digital de forma segura.
O futuro pertence às empresas preparadas para inovar. Modernizar aplicações, adoptar microsserviços e implementar soluções híbridas são os pilares que permitem modernizar, dimensionar e entregar rapidamente, com maior qualidade e menos riscos.
Os horizontes digitais são vastos. Cabe-nos, juntos, desbravá-los.














