DELTA: Despertar do café

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O Grupo Nabeiro está presente directamente em Angola desde 2000 mas as relações com o país são ainda mais duradouras. O café angolano faz parte dos blends Delta Cafés desde sempre. Signifca que este café já abastecia o Grupo Nabeiro muito antes da fundação da Angonabeiro. O balanço destes anos de actividade é bastante positivo. Durante este período o principal desafio foi criar o hábito de consumo entre os consumidores angolanos. Esse tem sido o grande objectivo estratégico da empresa. Para isto, o grupo baseou a estratégia em três eixos: na produção local através da dinamização da marca de café Ginga – uma verdadeira «love brand» para o consumidor angolano; na distribuição multi-canal muito relevante e bem implementada no mercado e relações de longo prazo com parceiros em todos os canais. «Estamos, por isso, presentes em horeca, retalho, foodservice e instuticional e nas províncias através de agentes que nos garantem cobertura nacional », diz Alberto Pinto, director-geral dos Mercados Internacionais do Grupo Nabeiro – Delta Cafés. «Na comunicação através de várias campanhas de visibilidade à categoria de café e às nossas marcas. Em particular a marca Delta Q tem sido a principal aposta no portefólio e é também a que regista crescimentos mais acelerados», acrescenta.

A Angonabeiro é hoje uma verdadeira empresa multi-categoria presente em várias categorias de produto e comprometida com a qualidade que oferece aos seus consumidores em várias áreas de negócio. Para além da produção do café Ginga, a marca 100% angolana, a Angonabeiro comercializa em exclusivo para o mercado angolano uma gama alargada de produtos: vinhos Bastardo, águas Tundavala, Tetley, Vimeiro, Serrata, conservas Magalhães, temperos Paladim, Dan Cake, Aliança e Vieira de Castro.

A empresa acompanha os produtores locais, desde a plantação à colheita, para garantir que a qualidade do café é a melhor possível e financia, inclusivamente, pequenos produtores sem comissões adicionais. No sentido de garantir o escoamento do produto dos seus fornecedores, a Angonabeiro celebra contratos de compra de café, nos quais são definidos os preços em função das cotações do mercado internacional.

Esta iniciativa oferece segurança ao produtor, uma vez que lhe permite, logo à partida, assegurar uma margem para o seu negócio. Este procedimento contribuiu, definitivamente, para que muitos camponeses, agricultores e produtores tenham voltado à cafeicultura, que até aí estava praticamente abandonada. A Angonabeiro tem, por isso, vindo a desenvolver uma série de iniciativas que visam o apoio contínuo à cafeicultura e ao crescimento da fileira do café em Angola, como o aumento da capacidade instalada de produção e o apoio a mais de 20 mil famílias que, de forma directa e indirecta, têm na produção e comercialização do café a sua única fonte de rendimento. A qualidade do café angolano é elevada e, por isso, pode voltar a ganhar importância nos mercados internacionais de café.

«O grande objectivo é recuperar o café angolano. O café angolano sempre teve grande qualidade e Angola chegou a estar no Top 5 mundial dos países produtores. Por razões históricas a produção é actualmente muito reduzida. Temos desta forma contribuito activamente para revitalizar a produção de café angolano», explica Alberto Pinto.

O Grupo Nabeiro está também presente em Moçambique através do distribuidor Mega que garante a representação, distribuição e comercialização dos nossos produtos neste mercado.«O mercado de Moçambique é, depois de Angola, o mais importante para o grupo no continente africano. Isto significa que também em Moçambique existe um grande potencial de crescimento do consumo de café. Neste mercado temos sentido francos progressos no crescimento das máquinas e cápsulas de café Delta Q e detemos uma posição consolidada no canal horeca. Trata-se de um mercado em desenvolvimento e que tem muito potencial para crescer nos próximos anos», afirma o director-geral dos Mercados Internacionais.

A Delta Cafés tem também parcerias com distribuidores locais em Guine Bissau, S. Tomé e Príncipe e Cabo Verde.

HISTÓRIA

Angola foi nos anos 70 do século passado o quarto maior produtor mundial de café, essencialmente de café Robusta. Após a independência de Angola, o café angolano foi perdendo muita da sua produção e prestígio nos mercados internacionais. Quando em 2000 a Angonabeiro entrou no mercado angolano, verificava-se uma falta de formação de quadros e uma significativa falta de matéria-prima. Para contrariar esta conjuntura, a empresa apostou na recuperação de infra-estruturas, na formação de recursos humanos e na oferta de meios técnicos para recuperar a cafeicultura em Angola e também no estabelecimento de parcerias de longo prazo com produtores e parceiros locais. No mercado local investiu no desenvolvimento das instalações fabrís, na formação da equipa e na criação de uma fileira de compra de café em Angola.

Para este responsável, o consumidor Angolano está a «despertar para o consumo de café e podemos dizer que tem vindo a alterar hábitos e está agora muito mais envolvido com a categoria». O principal objectivo do Grupo Nabeiro é o de criar o hábito de consumo entre consumidores angolanos. As iniciativas que têm desenvolvido nos últimos anos ajudaram a recrutar uma base crescente de consumidores angolanos. Apesar de alguns mitos que ainda subsistem em Angola, o consumidor compreende cada vez mais que o café lhe oferece o benefício chave da energia natural e que o ajuda a enfrentar o dia-a-dia com mais ânimo e vitalidade. Por isso sabe-se que o café, nos seus vários formatos, tem vindo a ganhar adeptos entre os consumidores angolanos, mas a categoria tem ainda muito espaço para crescer em Angola e vai continuar a crescer nos próximos anos.

Neste continente o principal objectivo é fazer crescer a categoria, aumentar os pontos de contacto da categoria com o consumidor e entrar no dia-a-dia dos consumidores. «Para este ano e para o futuro o objectivo é que os mercados de África, sendo mercados emergentes, cresçam sempre de forma mais acelerada do que o negócio no resto do mundo e assim contribuam de forma ainda mais incremental para o crescimento do negócio internacional do Grupo Nabeiro», conclui Alberto Pinto.

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