Portugal é o 4.º país da UE com mais trabalhadores temporários

Portugal é o quarto país da União Europeia com mais trabalhadores temporários (29%), segundo dados do Eurostat, divulgados esta quinta-feira, relativos a 2019.

O país desceu do 3.º para o 4.º lugar, encontrando-se apenas atrás da Polónia (53%), Espanha (38%) e Chipre (33%), e bem acima da média da União Europeia (UE).

Na UE, em 2019, mais de um quinto (22%) dos trabalhadores nascidos fora da UE estavam empregados com um contrato temporário, enquanto a percentagem de pessoas nascidas num outro Estado-membro com um contrato temporário era de 15% e entre os locais de 13%.

Em 2019, a percentagem mais elevada de trabalhadores nascidos fora da UE com contratos temporários foi registada também na Suécia (26%) e Países Baixos (25%).

Em sentido inverso, as percentagens mais baixas foram observadas na Estónia (2%), seguida da Letónia (4%), da Áustria (8%) e da Irlanda (10%).

No capítulo das pessoas nascidas num outro Estado-membro, a percentagem mais elevada de trabalhadores temporários foi registada em 2019 em Espanha (29%), seguida de Portugal (24%), Grécia (23%) e Itália (21%). No extremo oposto, a percentagem mais baixa registou-se na Hungria e Irlanda (ambos 6%), Áustria (7%), Luxemburgo, Chipre e Eslovénia (todos com 9%), refere o Eurostat.

Ainda no ano passado, a a proporção de trabalhadores temporários no total de trabalhadores locais atingiu o seu máximo em Espanha (24%), seguida da Polónia (21%), Portugal (19%) e Croácia (18%). Em contrapartida, as percentagens mais baixas foram observadas na Lituânia, Roménia (ambos 1%), Estónia, Letónia (ambos 3%) e Bulgária (4%).

O gabinete de estatísticas europeu define como trabalhadores temporários aqueles que «têm um contrato a termo fixo ou cujo trabalho irá terminar se determinado objectivo for atingido, como a conclusão de um projecto ou o regresso da pessoa que estava a ser temporariamente substituída».

*Notícia actualizada às 10:30