Investigadores anunciam primeiro medicamento eficaz contra a covid-19

Um estudo da Universidade de Oxford, no Reino Unido, revela que existe um medicamento barato e em quantidades consideráveis, chamado dexametasona, que pode ajudar a travar os casos mais graves de infecção pelo novo coronavírus SARS-CoV-2.

Os especialistas defendem que o tratamento com esteróides reduziu em um terço o risco de morte dos doentes ligados a ventiladores e em um quinto junto de quem usa suporte de oxigénio menos invasivo. Não houve, contudo, benefícios a assinalar entre os doentes que não precisam de suporte respiratório.

Se o medicamento tivesse sido utilizado no Reino Unido desde o início da pandemia, teria salvo cinco mil vidas, estimam.

O fármaco existe há décadas e é utilizado para tratar uma série de doenças, incluindo reumatismo, asma, alergias e até para ajudar doentes com cancro a lidar melhor com as náuseas provocadas pela quimioterapia.

Esta investigação integra um estudo mais amplo, designado “Recovery”, que compara vários potenciais tratamentos. «Um total de 2104 pacientes foram escolhidos de forma aleatória para receber dexametasona uma vez por dia», durante 10 dias, explicam os investigadores. Os efeitos do fármaco foram comparados com 4321 pacientes que recebiam os cuidados habituais de um doente infectado.

A pandemia de Covid-19 já provocou mais de 436 mil mortos e infectou mais de oito milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço da agência “France-Presse”, feito a partir de dados oficiais.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detectado no final de Dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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