Caso George Floyd: Trump ameaça pôr «milhares e milhares» de militares nas ruas para conter tumultos
Na primeira conferência de imprensa desde o início dos protestos contra a morte de George Floyd, de 46 anos, provocada por um agente filmado a pressionar o pescoço do afro-americano, o Presidente dos Estados Unidos disse que recomendou aos governadores que estabelecessem uma presença policial «sem precedentes até que a violência seja controlada».
Donald Trump ameaçou enviar militares para as ruas para conter a revolta popular. «Se as cidades não tomarem medidas, mobilizarei as forças armadas dos Estados Unidos para resolver rapidamente o problema», pois «um certo número governadores estaduais e locais não foram capazes de tomar as medidas necessárias para garantir a segurança».
Quanto a Washington DC, Trump prometeu medidas imediatas para «travar a violência, restaurar a segurança e proteger a grande capital», porque «o que aconteceu nesta cidade na noite passada [domingo] foi uma desgraça». «Enquanto falo, centenas e centenas de soldados fortemente armados estão a ser destacados para as ruas de Washington DC, com o objectivo de acabar com os motins, o vandalismo e os assaltos», atirou.
Washington irá receber mais 600 a 800 membros da Guarda Nacional de cinco estados – Delaware, New Jersey, Nova Iorque Iorque, Ohio e Utah – para reforçar os já 1.200 militares. Serão «milhares e milhares de soldados fortemente armados», disse o líder norte-americano, acrescentando que o toque de recolher obrigatório deverá ser «rigorosamente cumprido» pelas 19 horas.
«Todos os norte-americanos estão revoltados com a morte brutal de George Floyd e a minha administração está comprometida em garantir justiça à família de George para mostrar que ele não morreu em vão», afirmou. Todavia, acrescentou, «sou o Presidente da lei e ordem e um aliado de todos os manifestantes pacíficos». «Estes não são protestos pacíficos, são actos de horror», disse, atirando a culpa a «anarquistas profissionais, multidões enraivecidas, criminosos» e elementos membros do movimento ANTIFA.