Greve geral “inexpressiva”: Governo assegura que “a esmagadora maioria do País está a trabalhar”

O ministro da Presidência, António Leitão Amaro, afirmou hoje, ao início da tarde, num balanço sobre a greve geral que está a decorrer, que o Governo “respeita quem exerce o direito à greve”, mas sublinhou que a “esmagadora maioria do país está a trabalhar”.

Pedro Gonçalves
Dezembro 11, 2025
12:32

O ministro da Presidência, António Leitão Amaro, afirmou hoje, ao final da manhã, num balanço sobre a greve geral que está a decorrer, que o Governo “respeita quem exerce o direito à greve”, mas sublinhou que a “esmagadora maioria do país está a trabalhar”, insistindo que a paralisação, convocada para esta quinta-feira, tem sobretudo expressão na função pública e em setores específicos com maior impacto operacional.

Perante os jornalistas, em conferência de imprensa, o governante reforçou o “respeito institucional que existe sobre o direito à greve”, mas contrapôs que, olhando para o país, “vemos que a esmagadora maioria dos trabalhadores está a trabalhar, o país está a trabalhar”. Segundo Leitão Amaro, os dados disponíveis apontam para uma adesão “inexpressiva, em particular no setor privado e social”, descrevendo-a como “uma greve da função pública, parcial e concentrada em alguns setores”, como transportes e assistentes operacionais das escolas.

O ministro destacou que vários sinais de atividade económica confirmam que o país manteve o ritmo normal, mencionando que “as transações na SIBS mostram que o país está a manter a sua atividade”, ainda que com uma redução de cerca de 7% face ao habitual. Acrescentou que o “trânsito nas pontes está a cair 5%”, números que, argumentou, evidenciam perturbações limitadas. No caso dos setores privado e social, o reporte de adesão “é entre 0 e 10%”, afirmou, garantindo que muitos trabalhadores da Administração Pública recorreram ao teletrabalho para contornar constrangimentos, sobretudo os causados pelos transportes.

Apesar de reconhecer que a greve provocou “perturbações e alterações em alguns setores e serviços”, Leitão Amaro reiterou que “temos mais pessoas que não conseguiram trabalhar por causa dos transportes do que pessoas que fizeram greve”. O governante assegurou que o Executivo continua disponível para ouvir preocupações, dizendo que “mantemos sempre a mesma abertura para o diálogo, que temos demonstrado em reuniões e encontros, e evidente em tantos acordos celebrados com a função pública e o setor privado”.

O ministro concluiu agradecendo “o facto de a grande maioria dos trabalhadores estar a trabalhar”, reforçando que o Governo acompanha a situação e mantém canais abertos com todos os setores envolvidos.

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