A corrida às presidenciais de 18 de janeiro continua renhida e marcada por um empate técnico entre Luís Marques Mendes, Henrique Gouveia e Melo e António José Seguro, apontou esta segunda-feira a sondagem da Pitagórica divulgada pela ‘TSF/JN/TVI/CNN Portugal’: Marques Mendes assume agora a liderança das intenções de voto, ultrapassando pela primeira vez o almirante na reserva, enquanto Seguro consolida a proximidade ao duo da frente.
De acordo com a sondagem, Marques Mendes surge na dianteira com 22,6%, ligeiramente acima dos 21,1% registados por Gouveia e Melo, que continua em queda e perde mais de cinco pontos percentuais face ao mês anterior. António José Seguro mantém-se dentro da margem de erro, com 17,4%, beneficiando igualmente da quebra do almirante.
Ainda dentro da zona competitiva, André Ventura soma 14,7%, embora fique fora do empate técnico e, numa eventual segunda volta, perca para todos os principais adversários. Já João Cotrim de Figueiredo regista a maior subida do mês: alcança 12,6%, mais 3,5 pontos percentuais do que em outubro, aproximando-se de Ventura.
No espaço político da esquerda, Catarina Martins lidera com 4,4%, superando António Filipe (2,5%) e Jorge Pires (1,4%).
Segunda volta: Mendes vence todos os cenários
Segundo a 0TSF/JN/TVI/CNN Portugal0, Marques Mendes seria o vencedor em qualquer confronto direto. O cenário mais equilibrado dá-lhe uma vantagem de quatro pontos sobre António José Seguro. Contra Gouveia e Melo, a diferença aumenta para 46%–39%, ampliando-se ainda mais caso o adversário fosse André Ventura.
António José Seguro venceria Gouveia e Melo e Ventura, perdendo apenas para Marques Mendes. Já o almirante só conseguiria impor-se num duelo frente a Ventura.
Eleitorado: quem retém mais votos
A análise do comportamento de voto nas legislativas mostra que André Ventura continua a ser quem mais fideliza o eleitorado, ainda que apenas metade dos eleitores do Chega mantenha o apoio.
Marques Mendes capta cerca de 40% dos votos da AD, enquanto 18% ponderam Gouveia e Melo e 17% optam por Cotrim de Figueiredo. Entre os socialistas, Seguro também retém 40%, embora 26% dos eleitores do PS admitam votar no almirante.
Gouveia e Melo destaca-se entre homens, classes mais baixas e na Grande Lisboa. Marques Mendes lidera entre mulheres, classes mais altas e no Norte, além de superar Ventura entre os eleitores mais jovens. Seguro regista melhor desempenho junto dos mais velhos.
A aproximação ao arranque oficial da campanha reduz o número de indecisos: desce de mais de 17% para cerca de 13%.
Eleitores querem um Presidente imparcial face ao Chega
A maioria dos inquiridos (62%) defende que o futuro Presidente da República deve manter uma posição imparcial perante uma eventual entrada do Chega no Governo. Cresce, no entanto, o grupo que considera que essa entrada deve ser impedida mesmo que provoque instabilidade política. Apenas 20% defendem que o PR deve promover a inclusão do Chega se isso garantir estabilidade.
Também aumenta o número de portugueses que rejeita a dissolução da Assembleia da República em caso de chumbo do Orçamento do Estado: 62% entendem que o Presidente não deve dissolver o Parlamento, contra 34% que defendem o contrário.
Entre as prioridades apontadas para a próxima Presidência, a Saúde destaca-se com 37%, um salto de 16 pontos percentuais face ao mês anterior. Seguem-se a política de imigração (9%) e a habitação (8%).














