O acidente do voo N47BA, um dos episódios aéreos mais marcantes do final do século XX, ocorreu a 25 de outubro de 1999 e envolveu um jato executivo Learjet 35 que partira de Orlando com destino a Dallas. De acordo com o site espanhol ’20 Minutos’, a aeronave seguia com seis pessoas a bordo — dois pilotos e quatro passageiros — entre os quais o golfista profissional Payne Stewart, bicampeão do US Open.
O mistério apaixonou investigadores e curiosos – se quiser, pode ver uma simulação da viagem fatal neste vídeo.
O avião descolou às 13h19 e perdeu contacto com o controlo de tráfego aéreo apenas oito minutos depois. As tentativas de restabelecer comunicação não tiveram sucesso e levaram à intervenção da Força Aérea, que enviou um caça F-16 para observar a situação. O piloto militar confirmou que não existiam danos visíveis e que os motores continuavam a funcionar, mas não era possível ver o interior do cockpit, já que os vidros estavam escurecidos, como se houvesse condensação ou gelo.
Durante quase quatro horas, o Learjet manteve a rota até ficar sem combustível. A aeronave acabou por cair às 17h13, nas proximidades de Mina, no Dakota do Sul, deixando uma cratera com mais de 13 metros de comprimento. Não houve sobreviventes.
Suspeita de despressurização continua por explicar
A investigação oficial concluiu que a causa mais provável foi a incapacitação da tripulação devido à falta de oxigénio suplementar após uma perda de pressurização da cabine. As autoridades lembram que, numa despressurização súbita a cerca de 9.100 metros, bastam oito segundos sem oxigénio para incapacitar os ocupantes, o que poderá ter acontecido neste caso.
Apesar das conclusões técnicas, ainda hoje permanece por esclarecer o que originou a falha que levou à despressurização e ao subsequente colapso da tripulação, um dos elementos mais enigmáticos deste acidente que continua a levantar questões mais de duas décadas depois.














