Atualmente, é difícil passar um momento sem estar ligado a um dispositivo ou algum tipo de tecnologia por perto: mesmo nos lugares mais inóspitos do mundo, os smartphones estão sempre presentes. Nos últimos dez anos, os telemóveis tornaram-se uma extensão do nosso corpo, inseparáveis em qualquer instante.
O que apresenta diversas vantagens, é certo, mas também as consequências negativas do uso de tecnologia, especialmente a dos smartphones, são cada vez mais notadas. Curiosamente, lembrou o site espanhol ‘El Economista’, uma das pessoas que mais contribuiu para o ecossistema digital – e dele mais beneficiou – é o fundador da Microsoft, Bill Gates, que deixou agora alertas para os problemas de passar muito tempo online.
Inspirado pelo livro “A Geração Ansiosa”, o multimilionário expressou o seu alarme sobre a forma como a exposição constante aos ecrãs está a afetar algo tão importante como a nossa capacidade de concentração e pensamento crítico.
O magnata destacou também a forma como afeta as crianças, que atualmente não têm tempo para se aborrecer, pensar ou refletir, uma vez que passam horas coladas a um ecrã “a pensar em branco”.
“A ironia é que os pais atualmente são superprotetores no mundo físico e estranhamente inativos no digital, permitindo que as crianças vivam as suas vidas online sem supervisão”, destacou Gates. Há cada vez mais estudos que alertam para o impacto negativo que os ecrãs têm nos mais pequenos, a começar por problemas de saúde mental e de autoestima.
Bill Gates foi também taxativo no apelo aos gigantes tecnológicos para se que juntem a este alerta e façam a sua parte. Como tal, devem ser implementados sistemas de verificação de idade, mais eficazes nas plataformas sociais, além de oferecer alternativas aos ecrãs, reconstruindo o que chamou de “infraestruturas de infância”.














