Desde 26 de julho morreram mais 950 pessoas do que o esperado, revelaram esta quinta-feira os dados do Instituto Ricardo Jorge: segundo a ‘RTP’, o excesso de mortalidade pode estar relacionado com o calor extremo vivido em Portugal e os números poderão aumentar se não houver uma diminuição das temperaturas.
O organismo desenvolveu um programa (‘Índice Ícaro’) que pode prever estes óbitos excessivos, sobretudo a partir dos 32 graus Celsius: os dados dizem que a mortalidade em excesso já começou há duas semanas.
“Neste momento, desde 26 de julho, temos cerca de 950 óbitos em excesso”, referiu Ana Paula Rodrigues, médica de saúde pública do Instituto Ricardo Jorge. “As regiões que foram mais afetadas, no início, foram as do Norte. Agora começamos a ter excessos de mortalidade nas regiões a Sul, em Lisboa e Vale do Tejo e Alentejo.”
“Não é uma previsão exata, o nosso objetivo não é prever a mortalidade que vamos observar daqui a três dias. O objetivo é identificarmos períodos em que é reconhecido que o calor possa ter um impacto na saúde da população e com aumento consequente da mortalidade, para serem impostas medidas”, apontou a especialista.













