O Tribunal de Aveiro absolveu esta manhã Fernando Valente, que viu caírem todos os crimes de que era acusado, e sai em liberdade. Principalmente, o tribunal não deu como provado o homicídio qualificado de Mónica Silva.
Recorde-se que o único arguido do processo do crime de homicídio de Mónica Silva, Fernando Valente, de 37 anos, natural da Murtosa, foi acusado de homicídio qualificado, profanação de cadáver e aborto agravado. No entanto, o coletivo de juízes apontou os “dados inconclusivos” sobre as principais acusações – o tribunal não dá como provado que Mónica Silva tenha estado com o suspeito na noite em questão.
Recorde-se que o Ministério Público pediu 25 anos de prisão para o homem acusado de matar uma mulher grávida da Murtosa que está desaparecida desde outubro de 2023.
Nas alegações finais, a procuradora da República disse que não subsistem dúvidas da existência de uma pluralidade de factos que permitem concluir que o arguido foi o autor da morte de Mónica Silva e do seu feto.
Fernando Valente, que teve uma relação amorosa com a vítima que terá resultado numa gravidez, foi acusado dos crimes de homicídio qualificado, aborto, profanação de cadáver, acesso ilegítimo e aquisição de moeda falsa para ser posta em circulação.
O arguido, que esteve em prisão domiciliária, foi detido pela Polícia Judiciária (PJ) em novembro de 2023, mais de um mês depois do desaparecimento da mulher, de 33 anos, que estava grávida com sete meses de gestação.
O MP acusa o arguido de ter matado a vítima e o feto que esta gerava, no dia 3 de outubro de 2023 à noite, no seu apartamento na Torreira, para evitar que lhe viesse a ser imputada a paternidade e beneficiassem do seu património.
A acusação refere ainda que durante a madrugada do dia 4 de outubro e nos dias seguintes o arguido ter-se-á desfeito do corpo da vítima, levando-o para parte incerta, escondendo-o e impedido que fosse encontrado até hoje.
Grávida da Murtosa: MP investiga alegada tortura a testemunha pela Polícia Judiciária














