O número de novos contratos de arrendamento em Portugal registou, no primeiro trimestre deste ano, uma quebra homóloga de 10,4%, descendo para 23.417 contratos. Trata-se da maior descida desde o início da pandemia, em 2020.
Esta diminuição coincide com uma subida de 10% no valor mediano das rendas por metro quadrado, o que poderá ter travado a procura, embora não haja dados sobre a oferta disponível no mercado, revela a análise feita pelo ‘Negócios’.
Ao mesmo tempo, a compra de casa deu um salto expressivo. Entre janeiro e março, os contratos de aquisição aumentaram 25%, apesar da maior subida de preços de sempre — 16,3% em termos homólogos. Esta tendência poderá estar associada à descida das taxas de juro e à entrada em vigor da garantia pública para jovens, que permite o financiamento total do valor da casa.
Apesar da quebra na procura, os preços continuaram a subir em praticamente todo o país. As maiores subidas no valor por metro quadrado registaram-se em Gondomar (24,4%) e na Madeira (25,3%). Odivelas e Loures, por exemplo, viram o número de novos contratos cair acentuadamente ao mesmo tempo que registaram fortes aumentos nas rendas — 15,9% e 12,4%, respetivamente. No Algarve, os preços aumentaram 13% e, na Península de Setúbal, o valor mediano das rendas cresceu 9,6%.














