Aumentos no custo de vida e combustíveis mais caros: Fecho do Estreito de Ormuz seria “catastrófico” para a economia, alertam especialistas

A crescente tensão no Médio Oriente reacendeu o receio de um possível bloqueio do Estreito de Ormuz, uma das mais importantes rotas de comércio de petróleo do mundo. Só por ali passam diariamente cerca de 20 milhões de barris de crude, o equivalente a um quinto do comércio marítimo global deste recurso.

Revista de Imprensa
Junho 20, 2025
9:28

A crescente tensão no Médio Oriente reacendeu o receio de um possível bloqueio do Estreito de Ormuz, uma das mais importantes rotas de comércio de petróleo do mundo. Só por ali passam diariamente cerca de 20 milhões de barris de crude, o equivalente a um quinto do comércio marítimo global deste recurso.

Qualquer interrupção na circulação nesta estreita passagem marítima — que separa o Irão dos Emirados Árabes Unidos e Omã — teria efeitos imediatos no preço do petróleo e impactos severos na economia mundial, alertam especialistas, de acordo com a ‘CNN Portugal’.

O ministro António Costa Silva um bloqueio teria “consequências extremamente danosas”, especialmente para a Europa, que passou a depender do petróleo do Médio Oriente após cortar relações com a Rússia. António Comprido, secretário-geral da EPCOL, concorda que uma interdição afetaria o preço global do petróleo e defende que não existem alternativas capazes de compensar totalmente a eventual falha de abastecimento.

Mesmo sem qualquer bloqueio efetivo, os mercados já começaram a reagir. O preço do barril de Brent subiu 4% numa só semana, atingindo o valor mais alto dos últimos cinco meses, impulsionado pela instabilidade geopolítica e pelo receio de escalada do conflito entre Irão e Israel.

Num cenário de fecho de Ormuz, soluções como o aumento da produção noutros países, incluindo a reativação do petróleo de xisto nos EUA, podem mitigar efeitos, mas não os evitar. António Costa Silva avisa que não há rota alternativa capaz de colmatar esta falha, sublinhando que a situação pode tornar-se “realmente catastrófica” se o conflito se alastrar e levar, pela primeira vez na história, ao encerramento deste ponto estratégico.

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