A União Europeia está a acompanhar com preocupação a situação entre o Irão e Israel e insistiu, esta terça-feira, que a via diplomática é a solução ideal para o conflito.
Kaja Kallas, alta representante da UE, expressou essa preocupação hoje, após reunião por videoconferência com os ministros dos Negócios Estrangeiros dos 27 Estados-membros, salientando que o envolvimento dos EUA “definitivamente arrastaria a região para um conflito mais amplo e não beneficiaria ninguém”. Ao mesmo tempo, Kallas anunciou que a UE coordenará a retirada de cidadãos europeus da região, ativando o Mecanismo Europeu de Proteção Civil.
“Está claro que, agora que as negociações entre o Irão e os EUA estagnaram, a UE e a Europa, como tal, têm um papel a desempenhar”, afirmou a chefe da diplomacia europeia, poucas horas depois de Donald Trump ter afirmado que não procura “um cessar-fogo” na guerra, mas sim “o seu fim”.
No entanto, Kaja Kallas acredita que, neste momento, existe “um alto risco” de um “erro de cálculo” no conflito, o que arrastaria o problema para uma escala muito maior. A líder também não acredita que a Rússia possa ser uma mediadora: “A Rússia não é ninguém, e o presidente Putin não é alguém que possa falar sobre paz, e não é um mediador que possa ser verdadeiramente considerado”, afirmou.
As declarações de Kallas também coincidem com a posição do G7: numa declaração conjunta, os líderes ressaltaram o direito de Israel de se defender e reiteraram o seu apoio à segurança do Estado hebraico, enfatizando a necessidade de proteger a população civil no contexto do conflito atual. Apontaram o Irão como a principal fonte de instabilidade e terrorismo na região e reiteraram que não permitirão que o país desenvolva uma arma nuclear.
“A situação no Oriente Médio é perigosa. Peço a todas as partes que exerçam moderação e evitem uma nova escalada”, referiu ainda Kallas.














