Atrasos, greves e obras no Metro de Lisboa deixam utentes ‘à beira de um ataque de nervos’: queixas sobem mais de 20% no segundo semestre

As queixas sobre a empresa Metro de Lisboa não param de subir em 2024: do primeiro até ao segundo semestre (até 2 de dezembro), de acordo com o ‘Portal da Queixa’, o número de reclamações dos passageiros contra a transportadora subiu 20,6%.

Entre os principais motivos de reclamação dirigidos pelos passageiros à empresa estão: problemas relacionados com as ‘Infraestruturas’ (41,4%), referindo-se a falta de condições quer nas estações quer no interior das carruagens, onde é apontada a também a falta de limpeza.

As ‘Obras’ estão na origem de 20,7% das queixas, onde são denunciados transtornos causados pelas obras nas linhas verde/amarela. Seguem-se os ‘Atrasos’, a gerar 13,8% das reclamações por insatisfação com a falta de pontualidade e reflexo na gestão diária dos passageiros.

Já as ‘Multas’ somam 6,9% dos casos e referem-se a queixas sobre multas aplicadas, como penalidades por atraso ou erro no uso de bilhetes. As dificuldades ou falhas no processo de ‘Recarga de Passe’, foram invocadas em 3,4% das participações publicadas no ‘Portal da Queixa’. As dificuldades enfrentadas pelos utentes da Metro de Lisboa com as ‘Greves’, foram a causa referida em 3,4% das queixas.

Relativamente ao Índice de Satisfação (IS) atual da Metro de Lisboa – indicador sobre a performance da empresa na resposta e resolução dos problemas que lhe são reportados – está avaliado pelos consumidores em 42.8 em 100. A atual Taxa de Resposta é de 98,8% e a Taxa de Solução é de 27,8%, sendo a Taxa de Retenção de clientes de 71,9%.

Recorde-se que os últimos dois meses têm sido marcados por várias paralisações parciais dos trabalhadores da Metro de Lisboa. Esta terça-feira fica marcada por mais uma greve que se deverá repetir, no próximo dia 10, entre as 5 e as 10 horas, para exigir a resolução dos “incumprimentos sucessivos” da transportadora quanto a pagamentos das denominadas variáveis, ou seja, trabalho suplementar e feriados, e o cumprimento do Acordo de Empresa.

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