NATO abre um centro de guerra anfíbia no Ártico devido à ameaça de Putin
A NATO criou, recentemente, um centro de guerra anfíbia na Noruega, naquela que é a mais recente iniciativa da aliança atlântica para reforçar as suas operações na fronteira ártica com a Rússia.
No centro em Sorreisa, no norte do país báltico, é fornecido treino anfíbio para pessoal dos Estados Unidos, Reino Unido e Países Baixos – já a Noruega não possui forças anfíbias próprias, mas algumas das suas principais unidades do exército e forças especiais estão baseadas na região.
Desde o início da invasão em larga escala da Ucrânia pelo presidente russo, Vladimir Putin, recordou a revista ‘Newsweek’, a Noruega intensificou os seus investimentos em instalações militares, gastando cerca de 1,44 mil milhões de dólares (1,36 mil milhões de euros) em bases somente na região de Troms.
“Temos de treinar juntos para proteger a Noruega, a região nórdica e a NATO em crises e guerras”, salientou o ministro da Defesa norueguês, Bjorn Arild Gram, durante uma visita a Sorreisa.
No início deste mês, a Guarda Costeira da Noruega monitorizou o navio espião russo ‘Yantar’, que foi avistado durante vários dias em águas internacionais perto do país nórdico. Os media noruegueses relataram que o navio foi visto perto de infraestruturas críticas marítimas, como oleodutos e gasodutos e cabos de internet e telecomunicações, que os países alertaram que poderiam ser alvos de sabotagem.
O bloco oriental da aliança acusou a Rússia de outros ataques chamados “híbridos”, como bloqueios de GPS na região do Báltico que afetaram companhias aéreas, além de alimentar uma crise migratória na fronteira com a Finlândia, o que Moscovo negou.
O Kremlin enquadrou a guerra na Ucrânia como uma batalha por procuração com o Ocidente e, em um clima de tensões regionais intensas, dois destróieres americanos armados com mísseis foram enviados por um grupo de porta-aviões para o Mar de Barents, na costa norte da Noruega e da Rússia, em outubro, para operações marítimas.