Euro em queda livre gera “preocupações com a estagflação na Zona Euro”, considera a Partner da Ebury Portugal
O euro foi a moeda mais penalizada na última semana, encerrando em último lugar face às principais divisas globais. A queda acentuada deveu-se aos resultados desanimadores do PMI de novembro, que evidenciaram uma desaceleração económica na Zona Euro.
A divulgação dos fracos números do PMI aumentou a pressão sobre o euro, que já vinha sob influência de uma conjuntura económica delicada na Zona Euro, analisou Joana Vieira, Partner da Ebury.
A atenção dos investidores esteve também focada na nomeação de Scott Bessent como secretário do Tesouro por Donald Trump, o que trouxe novas incertezas para a política económica global. Contudo, foi o euro que sentiu mais impacto, numa semana de recuperação temporária para moedas de mercados emergentes e títulos do Tesouro.
Nesta semana, marcada pela pausa no mercado norte-americano devido ao Dia de Ação de Graças, o relatório rápido sobre a inflação de novembro na zona euro, previsto para sexta-feira, poderá ser decisivo. “Uma surpresa ascendente renovaria as preocupações com a estagflação na zona euro e seria bastante incómoda para o BCE. Além disso, espera-se mais foco nas visões sobre as nomeações de Trump para o Tesouro e nas potenciais tarifas ou políticas fiscais”, destacou a responsável da Ebury.
Com os investidores ainda a avaliar o impacto das políticas monetárias e fiscais globais, o euro enfrenta um cenário de incerteza que poderá continuar a pressionar a moeda única nas próximas semanas.