Operação Pretoriano: Fernando e Sandra Madureira, Vítor Catão e Vítor Aleixo expulsos do FC Porto

O Conselho Fiscal e Disciplinar (CFD) do F. C. Porto anunciou a expulsão de Fernando Madureira, Sandra Madureira, Vítor Aleixo e Vítor Catão, na sequência dos episódios violentos que marcaram a Assembleia Geral do clube realizada no ano passado, e que estão também a ser investigados no âmbito da Operação Pretoriano.

Segundo o Correio da Manhã, os sócios afetados têm agora 30 dias para apresentar recurso da decisão do CFD. O processo implica a convocação de uma Assembleia Geral (AG), onde os restantes sócios poderão pronunciar-se sobre o caso. Caso a AG seja de caráter extraordinário, a decisão do CFD será suspensa até à realização da mesma. Por outro lado, se a AG for ordinária – como a prevista para o próximo dia 23 – a decisão mantém efeito, mas será sujeita à deliberação posterior dos sócios.

As expulsões surgem no âmbito da Operação Pretoriano, que resultou na detenção de Fernando Madureira, ex-líder dos Super Dragões e marido de Sandra Madureira, bem como na notificação de vários outros sócios do F. C. Porto. A operação investigou os incidentes violentos ocorridos durante a Assembleia Geral de novembro do ano passado e incluiu análises de vídeos e outros elementos probatórios recolhidos pelas autoridades.

Fernando Madureira encontra-se em prisão preventiva há vários meses, uma decisão justificada pela magistrada Filipa Azevedo, que reafirmou a validade das razões para a sua detenção. O Conselho Fiscal e Disciplinar, recentemente eleito, baseou-se nas provas recolhidas pelas autoridades para emitir as notas de culpa e avançar com as expulsões.

O caso de Fernando e Sandra Madureira não se limita à esfera disciplinar do clube. Ambos são parte de um processo judicial mais amplo, cuja fase de instrução arrancou no mês passado. Entre os ouvidos até agora estão Fernando Madureira, Sandra Madureira, Fernando Saul, Carlos ‘Jamaica’ e José Pereira.

Durante esta fase, a defesa de Fernando Madureira tentou levantar um incidente de suspeição contra a magistrada Filipa Azevedo, argumentando que a decisão de manter a prisão preventiva poderia comprometer a sua imparcialidade. Contudo, o pedido foi rejeitado pela juíza, que afirmou que a sua decisão inicial não interfere na condução do processo na fase de instrução.

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