Portugal tem 42 mil milhões de euros em ativos de pensões em 2022

Em 2022, os ativos de pensões em Portugal totalizavam 44 mil milhões de dólares (41,7 mil milhões de euros), o que representa apenas 0,8% do total global e menos de 3% do total cumulativo dos países da OCDE. Este dado reflete o espaço para crescimento neste setor no mercado nacional, principalmente se forem adotadas estratégias que respondam às necessidades específicas dos reformados portugueses.

Esta é uma das conclusões do mais recente relatório da Oliver Wyman e da Morgan Stanley, intitulado “Longevidade Desbloqueada: Reformar-se na Era do Envelhecimento”, que destaca os desafios e oportunidades criados pelo envelhecimento da população global e pela crescente responsabilidade individual na gestão da reforma.

O documento sublinha como os gestores de património e de ativos podem oferecer soluções mais integradas e eficazes, transformando estas dificuldades em fontes significativas de receitas.

De acordo com o estudo, os gestores de ativos e patrimónios poderão alcançar mais de 400 mil milhões de dólares em receitas adicionais até 2028, caso aproveitem o potencial apresentado pelo aumento da esperança de vida e pela necessidade de planeamento financeiro na reforma.

Mais especificamente em Portugal, o relatório aponta várias estratégias que podem impulsionar o setor:

  1. Produtos integrados: Criar soluções que combinem acumulação, desacumulação e características de proteção, promovendo um planeamento financeiro completo e adaptado à realidade dos reformados.
  2. Acesso ao aconselhamento financeiro: Ampliar a oferta de produtos financeiros, incluindo opções de mercados privados e seguros, bem como ajustar os modelos de prestação de serviços para atrair novos segmentos, como mulheres e gerações mais jovens.
  3. Aproveitamento da Inteligência Artificial (IA): Utilizar a IA para desenvolver soluções personalizadas que melhorem a eficiência e a experiência do cliente no planeamento da reforma.

As empresas que conseguirem integrar a gestão de ativos, gestão de património e seguros, quer através de parcerias, quer através de plataformas tecnológicas, estarão melhor posicionadas para capturar o potencial do mercado, revela o estudo. Soluções holísticas, que incluam aconselhamento financeiro, partilha de riscos e gestão de investimentos, serão essenciais para responder às necessidades de uma população envelhecida.

Este relatório coloca em evidência a importância de Portugal apostar numa maior inovação e integração no setor financeiro, ajustando-se às mudanças demográficas e às expectativas de um público que precisa de soluções cada vez mais completas para garantir a estabilidade durante a reforma.

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