Chef russo crítico da guerra de Putin morre em Londres por causas desconhecidas

Um importante crítico da guerra de Putin na Ucrânia foi encontrado morto em Londres, indicou esta quarta-feira a revista ‘Newsweek’: o jornalista e chef russo Alexei Zimin morreu aos 53 anos, sendo que a causa da morte ainda não foi confirmada.

Alexei Zimin construiu uma carreira distinta nas esferas dos media e culinária, trabalhando para a revista ‘Afisha’, que anunciou a sua morte, e foi editor-chefe de várias revistas notáveis, incluindo ‘GQ’ e ‘Gourmet’. Também contribuiu como colunista para ‘Kommersant’ e ‘Vedomosti’ – apresentou ainda o programa de TV “Cooking with Alexei Zimin” e foi o autor de vários livros de receitas.

Desde que se mudou para Londres em 2015, Zimin mergulhou na indústria de restaurantes e lançou o restaurante e revista ‘Zima’. Tornou-se um crítico proeminente da guerra da Rússia na Ucrânia e chegou mesmo a surgir nas redes sociais a cantar uma música anti-guerra, no ‘Instagram’.

Depois do vídeo, o programa de TV russo de Zimin, ‘Cooking with Alexei Zimin’, foi abruptamente cancelado pela rede NTV, com o ex-deputado russo e proeminente político da oposição Ilya Ponomarev a garantir que o cancelamento foi devido às “declarações anti-guerra do apresentador nas redes sociais”.

Mudou-se para o Reino Unido para treinar na Le Cordon Bleu, uma escola de artes culinárias em Londres, tendo depois aberto o seu restaurante Zima, em 2016, servindo pratos no estilo comida de rua russa. Tornou-se uma dos muitos críticos anti-guerra em Londres que protestavam regularmente perto da embaixada.

Desde que se mudou para o Reino Unido, Zimin supostamente não terá regressado à Rússia e, após abrir o seu restaurante, começou a doar parte dos lucros para apoiar o trabalho da Cruz Vermelha com refugiados ucranianos. Apesar de ser um oponente declarado da guerra, o restaurante de Zimin teria sido alvo de ameaças e teve reservas canceladas no início da guerra.

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