Inflação acelera para 2,3% em outubro
A variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) foi 2,3% em outubro, 0,2% acima do valor registado no mês anterior. O índice que exclui produtos alimentares não transformados e energéticos, conhecido como inflação subjacente, apresentou uma variação de 2,6%, ligeiramente inferior à taxa de 2,8% observada em setembro, revela o Instituto Nacional de Estatística (INE).
No que diz respeito aos produtos energéticos, o IPC registou uma variação de -0,2%, uma melhoria significativa face ao valor de -3,5% registado no mês anterior. Este resultado deve-se principalmente ao aumento mensal de 1,3% no preço da energia, combinado com um efeito de base devido à queda de -2,1% observada em outubro de 2023.
Os produtos alimentares não transformados, por outro lado, apresentaram um aumento de preços de 2,1%, uma subida considerável em relação aos 0,9% registados em setembro.
A variação mensal do IPC foi de 0,1%, abaixo dos 1,3% do mês anterior e em contraste com a descida de -0,2% registada em outubro de 2023. A variação média dos últimos doze meses manteve-se estável em 2,2%, o mesmo valor observado em setembro.
O Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) de Portugal, que facilita comparações internacionais, também subiu 2,6% em termos homólogos, mantendo a mesma taxa de variação registada em setembro. Este valor supera em 0,6 pontos percentuais a estimativa do Eurostat para a área do Euro. Excluindo os produtos alimentares não transformados e energéticos, o IHPC registou uma variação de 3,0% em outubro, ligeiramente abaixo dos 3,3% de setembro, mas ainda superior à média da zona do euro, que se ficou pelos 2,7%.
A variação mensal do IHPC foi de -0,4%, uma desaceleração significativa em comparação com o aumento de 1,6% registado no mês anterior. A variação média dos últimos doze meses foi de 2,5%, uma ligeira descida face aos 2,6% de setembro.