Atenção, pais: hoje há greve de todos os profissionais da educação. Concentrações estão marcadas em quatro cidades do país
O Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (S.TO.P!) anunciou para esta sexta-feira a realização de uma greve nacional de professores e não docentes para exigir a valorização dos trabalhadores das escolas.
André Pestana, coordenador do S.TO.P!, apontou que “os assistentes operacionais recebem o mesmo salário mínimo de miséria estejam a trabalhar há 10, 20 ou 35 anos do que o colega que entrou no mês passado ou ontem”. Em declarações à ‘SIC Notícias’, o responsável sublinhou que “os alunos estão ser prejudicados não por greves pontuais, mas por uma política educativa que nas últimas décadas que tem desvalorizado tanto quem trabalha nas escolas”.
O pré-aviso de greve abrange “todos os profissionais da educação”, desde assistentes técnicos e operacionais, docentes, técnicos superiores e especializados, “que exerçam a sua atividade profissional no setor da educação, da investigação científica e da formação profissional, e do Ensino Superior”.
Pode consulta aqui o pré-aviso de greve:
Pré-aviso de greve S.TO.P. 15 novembro 2024
A paralisação foi convocada pelo S.TO.P! para assinalar a “importância e a necessidade urgente em valorizar e dignificar todos os profissionais da educação”.
Em concreto, defendem aumentos salariais num valor mínimo de 120 euros, uma avaliação “justa e sem quotas”, o direito à formação gratuita e em horário laboral, uma “gestão escolar democrática”, com a eleição do diretor e coordenações por todos os trabalhadores da escola e a possibilidade de acesso de todos à Caixa Geral de Aposentações.
Na greve de sexta-feira, o S.TO.P! insiste também no fim do processo de municipalização na educação, que diz potenciar assimetrias regionais no acesso à educação e ser prejudicial para os assistentes operacionais.
As condições de trabalho dos assistentes operacionais são particularmente destacadas no pré-aviso, em que o sindicado reivindica a diferenciação salarial em função da antiguidade e a “diminuição significativa” do rácio de alunos por assistente operacional.
Defende ainda a criação de uma carreira especifica, argumentando que a carreira de assistente operacional é “demasiado abrangente”, tendo em conta a especificidade das tarefas exercidas pelos trabalhadores das escolas.
O dia de protesto vai ficar marcado por quatro concentrações no país, com este programa:
FIGUEIRA DA FOZ – 7h45 – Frente à EB23 Infante D. Pedro (Rua Rio de Cima).
GUIMARÃES – 7h45 – Frente à EB23Prof, João de Meira (Rua Calouste Gulbenkian).
ODEMIRA – 9 horas – Frente à EB23 Eng. Manuel Rafael Amaro da Costa (Alameda dos Combatentes, São Teotónio).
VILA FRANCA DE XIRA – 8 horas – Frente à ES Gago Coutinho (Largo dos Heróis da Aviação, Alverca).