Primeira obra de arte de um robô humanoide a ser vendida em leilão arremata um milhão de euros

Um retrato do matemático inglês Alan Turing tornou-se a primeira obra de arte da autoria de um robô humanoide a ser vendida em leilão, onde foi arrematado por 1,08 milhões de dólares (cerca de um milhão de euros), em Nova Iorque, esta quinta-feira.

O retrato de 2,2 metros, intituldo ‘AI God. Portrait of Alan Turing’, foi criado por Ai-Da, o primeiro artistas robô ultrarrealista do mundo: superou as expectativas de pré-venda – entre 120 e 180 mil dólares – quando foi a leilão na Sotheby’s, que confirmou terem sido feitas 27 lances pela obra de arte.

“O preço recorde de venda para a primeira obra de arte de um artista robô humanoide a ser leiloada marca um momento na história da arte moderna e contemporânea e reflete a crescente intersecção entre a tecnologia de IA e o mercado global de arte”, referiu a casa de leilões, em comunicado. Já a Ai-Da, que usa IA para falar, disse: “O valor-chave do meu trabalho é a sua capacidade de servir como um catalisador para o diálogo sobre tecnologias emergentes.” De acordo com o robô humanoide, o “retrato do pioneiro Alan Turing convida os espectadores a refletir sobre a natureza divina da IA ​​e da computação, ao mesmo tempo em que consideram as implicações éticas e sociais desses avanços”.

Alan Turing, um matemático e cientista da computação pioneiro, desempenhou um papel crucial na luta contra a Alemanha nazi como decifrador de códigos – que já havia levantado preocupações sobre o uso da IA ​​na década de 1950.

Um dos robôs mais avançados do mundo, Ai-Da foi projetado para se parecer com uma mulher humana e recebeu o nome de Ada Lovelace, a primeira programadora de computador do mundo. Ai-Da foi idealizada por Aidan Meller, especialista em arte moderna e contemporânea. “Os maiores artistas da história lutaram contra seu período e celebraram e questionaram as mudanças da sociedade”, disse Meller.

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