Indisposição leva ministra da Saúde a cancelar agenda para hoje
A Ministra da Saúde, Ana Paula Martins, cancelou a sua participação na inauguração da nova Unidade de Internamento de Cuidados de Convalescença no Hospital Distrital de Pombal, marcada para esta sexta-feira, devido a uma “indisposição” de saúde. Este evento era esperado como parte de uma série de compromissos oficiais para melhorar as infraestruturas e a qualidade dos cuidados de saúde na região.
Segundo foi adiantado esta manhã, Ana Paula Martins acabou mesmo por cancelar toda a agenda prevista para esta sexta-feira, no seguimento da indisposição, que a governante terá sentido durante a viagem de Lisboa par Pombal.
Ana Paula Martins apresentou sintomas que a impossibilitaram de comparecer no evento, que visava celebrar a expansão de serviços de saúde em Miranda do Corvo, no distrito de Coimbra. A cerimónia foi realizada na ausência da ministra, mas com a presença dos representantes locais e profissionais de saúde que destacaram a importância da nova unidade para o reforço dos cuidados de convalescença na região.
O cancelamento surge num momento em que a ministra enfrenta críticas devido à gestão da greve dos técnicos do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM). De acordo com informações reveladas pelo jornal Expresso, Ana Paula Martins teria ignorado um aviso formal de greve enviado pelo sindicato dos técnicos do INEM no início de outubro. Este sindicato afirma que alertou o Ministério da Saúde sobre a iminente paralisação dos profissionais, tendo enviado um e-mail no dia 10 de outubro com um prazo de 10 dias para resposta e negociação. No entanto, o sindicato não teria recebido qualquer resposta por parte do gabinete da ministra, o que acabou por resultar na concretização da greve.
A greve dos técnicos de emergência pré-hospitalar foi declarada em protesto pelas condições de trabalho e pela falta de resposta do Ministério às reivindicações dos profissionais. A paralisação, que incidiu sobre horas extraordinárias, durou mais de uma semana, período durante o qual se registaram atrasos no atendimento de emergência. A imprensa nacional noticiou que estes atrasos poderão ter contribuído para alguns casos de morte que agora estão sob investigação do Ministério Público.
Num discurso público na última terça-feira, Ana Paula Martins comentou sobre a greve dos técnicos do INEM, afirmando que “não esperava” a paralisação nas horas extraordinárias. Esta declaração gerou críticas tanto do sindicato como de vários setores da sociedade, que acusam o Ministério de falta de atenção às necessidades urgentes dos profissionais de emergência médica. A falta de resposta aos avisos de greve tem sido interpretada como uma falha na comunicação e na coordenação com os trabalhadores do setor de emergência, essenciais para a resposta rápida em situações críticas.