Lucro da Sony sobre 36,5% para 3.496 milhões de euros entre abril e setembro

O lucro líquido da multinacional japonesa Sony cresceu 36,5% entre abril e setembro face ao período homólogo, para 575.653 milhões de ienes (3.496 milhões de euros), devido ao aumento das vendas de videojogos e semicondutores.

Segundo o relatório financeiro da empresa divulgado hoje, no mesmo período, que corresponde ao primeiro semestre do ano fiscal no Japão, o lucro líquido da empresa japonesa de tecnologia e entretenimento aumentou 42,3%, para 734.183 milhões de ienes (4.459 milhões de euros).

O volume de vendas da Sony aumentou 2,2%, para 5,91 biliões de ienes (35.897 milhões de euros), impulsionado pelo bom desempenho dos setores de entretenimento eletrónico, música e sensores de imagem.

No ramo dos videojogos, o volume de negócios aumentou 12% no segundo trimestre do ano fiscal (julho a setembro), graças ao serviço de pagamento PlayStation Plus e ao lucro conseguido com as vendas de ‘hardware’, explicou a empresa.

A Sony vendeu 3,8 milhões de unidades de PlayStation 5 no segundo trimestre deste ano fiscal, o que supera os 2,4 milhões do trimestre anterior, mas fica abaixo do ritmo de vendas do ano fiscal de 2023, quando atingiu um total de 20,8 milhões de consolas.

A empresa vendeu ainda 77,7 milhões de videojogos, mais 22 milhões do que entre abril e junho, e tinha 116 milhões de utilizadores ativos na rede PlayStation no mesmo período, o mesmo número do trimestre anterior.

A divisão de sensores e soluções de imagem da Sony registou um aumento de 32% no volume de negócios, atingindo 129,3 mil milhões de ienes (785 milhões de euros) e posicionando-se mais uma vez como o ramo da empresa com maior peso nos resultados, destronando a industria de videojogos.

Este ramo, que engloba a produção de câmaras e sensores fotográficos para smartphones e computadores, entre outros componentes eletrónicos, beneficiou do aumento da procura destes dispositivos e de taxas de câmbio favoráveis, tal como o resto das vendas da Sony no exterior.

O negócio musical da Sony registou um crescimento trimestral de 10% graças ao aumento das receitas provenientes de concertos, marketing e licenciamento, além dos serviços de streaming e publicação de álbuns.

Em contrapartida, o braço de produção e distribuição audiovisual da Sony viu as suas receitas caírem 11%, o que a empresa atribuiu a um abrandamento nas entregas de séries televisivas resultante de atrasos causados ​​pelas greves de escritores e atores em Hollywood durante o último ano fiscal.

Com base nestes resultados, a Sony prevê que o seu lucro líquido para todo o ano fiscal, que terminará em março de 2025, suba 1%, atingindo os 980 mil milhões de ienes (5.952 milhões de euros).

De acordo com as estimativas da empresa, o volume de vendas diminuirá 2,4%, para 12,7 biliões de ienes (77.139 milhões de euros), enquanto o lucro operacional crescerá 8,4%, para 1,3 biliões de ienes (7.896 milhões de euros).

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