Facebook: Zuckerberg aceita pagar mais impostos e rever regras fiscais
Mark Zuckerberg, fundador e CEO do Facebook, prepara-se para aceitar que a rede social passe a pagar mais impostos fora dos Estados Unidos, mostrando-se de acordo com as reformas fiscais, como parte de uma revisão global ao pagamento de impostos dos gigantes tecnológicos, de acordo com o ‘Politico’.
«Entendo que exista uma frustração em relação à forma como as tecnológicas são taxadas na Europa. Nós também queremos reformas fiscais e estou satisfeito que a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico) esteja a olhar para este assunto», pode ler-se num excerto do discurso que se espera que o CEO faça na Conferência de Segurança de Munique, no próximo sábado.
Mark Zuckerberg conclui ainda que: «aceitamos que isso possa significar que temos de pagar mais impostos e pagá-los em diferentes lugares».
As gigantes da tecnologia como a Amazon, o Facebook ou a Google têm sido beneficiadas com as leis actuais, registando lucros em países cuja taxa de imposto é baixa, como a Irlanda, independentemente da localização dos utilizadores.
França e Áustria aprovaram regras tributárias digitais nacionais que cobrem principalmente as grandes empresas tecnológicas dos EUA, embora Paris tenha suspendido a cobrança da sua taxa, após a pressão de Washington. O Reino Unido também pretende avançar com planos semelhantes em Abril, apesar de uma reacção potencial dos EUA.
No ano passado, os esforços para aprovar um imposto digital universal a toda a Europa, falharam devido à oposição de vários países. Contudo, se as negociações da OCDE também falharem até ao final do ano, a Comissão Europeia vai provavelmente propor novas regras, que correm o risco de enfrentar os mesmos obstáculos que a tentativa original.
O objectivo da OCDE passa por conseguir um acordo global, até ao final desde ano, estabelecendo desta forma regras fiscais mínimas e taxas justas para ser aplicadas pelas gigantes tecnológicas. Esta revisão pode contribuir para o aumento de 4% das receitas dos vários Estados, o equivalente a 91,7 mil milhões de euros, segundo dados da organização.