Praça de Lisboa termina outubro com forte queda em mês de reestruturação do PSI para 15 empresas

O PSI terminou o mês de outubro de 2024 em baixa, fechando a 6.532,8 pontos, uma queda acentuada que superou a tendência negativa dos mercados globais. A Greenvolt, anteriormente com uma participação de 2,5% no índice, foi removida na última semana do mês devido aos resultados da OPA, reduzindo o número de empresas no PSI para 15.

Neste período, o BCP liderou os ganhos mensais, com uma valorização de 14,4%, seguido pela Semapa (2,2%), Ibersol (1,7%) e Jerónimo Martins (1,3%). No entanto, a maioria das empresas do PSI apresentou quedas, com destaque para a EDP Renováveis (-21,2%), EDP (-11,9%) e Galp (-6,7%), explicam os especialistas da Maxyield.

O comportamento do PSI em outubro foi marcado por estabilidade na primeira quinzena e uma queda pronunciada até ao final do mês, o que o afastou do desempenho de outros índices internacionais. Enquanto os principais índices dos EUA, como o S&P 500 e o Nasdaq Composite, registaram perdas moderadas, o PSI apresentou uma queda bem mais acentuada, similar ao benchmark europeu STOXX 600, mas com um declive mais acentuado.

Comparando com o início de 2024, o PSI registou um aumento de 2,1%, apesar da elevada volatilidade ao longo do ano. O índice foi afetado por quedas significativas em meses como janeiro, fevereiro, junho, agosto e outubro. No acumulado do ano, o BCP (+68,9%), CTT (+22,5%) e Galp (+17,5%) destacaram-se, enquanto a Mota-Engil (-35,4%) e a EDP Renováveis (-33,2%) lideraram as quedas.

O PSI mantém a sua trajetória de bull market, mas enfrenta dificuldades devido à situação de bear market de várias empresas chave, como a EDP, EDP Renováveis, Galp, Mota-Engil e Sonae SGPS. Este fenómeno ocorre pelo segundo ano consecutivo para algumas dessas empresas, com destaque para a EDP Renováveis, que entrou em bear market duas vezes em 2024, em abril e novamente em outubro.

No período homólogo, o PSI aumentou 4,4%, desempenho inferior ao benchmark europeu e aos índices americanos. O BCP (+60%) e os CTT (+18,6%) destacaram-se entre as empresas que valorizaram no último ano. Já a EDP Renováveis (-18,5%) e a Mota-Engil (-16,6%) registaram as maiores quedas homólogas.

O BCP registou um aumento significativo na sua importância relativa no índice, subindo para 19,87% da composição do PSI, enquanto a Galp, afetada por uma quebra no EBITDA, viu a sua representatividade cair para 12,56%. A empresa enfrenta o desafio do aumento de oferta de petróleo pela Arábia Saudita, apesar de beneficiar das operações na Namíbia.

O setor energético, representado pela EDP, EDP Renováveis e REN, que compõem 29% do PSI, está a beneficiar da recuperação dos preços globais e da perspetiva de redução de taxas de juro. Já as papeleiras Altri e Navigator tiveram desempenhos diferentes, com a primeira a registar ganhos e a segunda perdas, refletindo as melhorias nas condições de mercado este ano.

 

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