A fatura do supermercado já lhe pesa na carteira? Com estes 9 truques, vai conseguir poupar

Perante os efeitos da inflação e do aumento do custo de vida, as famílias portuguesas veem-se obrigadas a procurar soluções de poupança para melhor gerir o orçamento mensal. Com os preços dos alimentos a aumentarem exponencialmente, e todas as semanas, desde que começou a guerra na Ucrânia, é precisamente aqui que podem surgir grandes oportunidades de poupança.

A Deco Proteste desenvolveu um estudo em que comparou os preços de várias versões do mesmo produto, por exemplo, vegetais frescos e congelados, ou leguminosas secas e enatadas já prontas, e apurou que a poupança, num cabaz definido, pode chegar aos 40 euros.

A associação analisou os preços também de alimentos em embalagens maiores e mais pequenas, ou outras hipóteses para poupar, como os frutos secos com e sem casca, ou produtos frescos e em conserva.

“No final, foi feito o cálculo do custo total de um cabaz de 16 produtos para quem opte pelas versões mais baratas, para verificar quanto se pode poupar. Para ser equiparável, o preço foi calculado por quilo. Para produtos com e sem casca e enlatados, considerou-se o peso de produto edível (realmente consumível, de acordo com dados do Instituto Dr. Ricardo Jorge)”, explica a Deco.

Sem seguir as dicas de poupança da Deco, o cabaz de 16 produtos custava 112,80 euros. Mas, com os conselhos aplicados, o mesmo cabaz não vai além dos 72,80 euros, ou seja, uma poupança de 40 euros.

Os conselhos da Deco:

Prefira legumes congelados, que chegam a ser 80% mais baratos

Comparando os preços de legumes frescos contra as suas versões ultracongeladas, as últimas vão ser quase sempre mais baratas e chegam a custar um quinto do preço da alternativa, já que o desperdício dos legumes congelados é menor.

Os espinafres frescos em folha, quando comparados com os ultracongelados são em média 72% mais caros, mas a poupança pode chegar a 80%, se escolher esta verdura na sua versão congelada conforme a marca e supermercado.

Também os brócolos, e tendo em conta que nos frescos se desperdiça o talo, quase metade do legume, são 69% mais baratos na sua versão ultracongelada. Não há perda nutricional, é mais prático e conserva-se durante mais tempo, havendo também menor desperdício alimentar, aponta a Deco.

O mesmo se passa com o alho francês: como muitas vezes não se aproveita a rama verde (pode usá-la para aromatizar caldos ou sopas, por exemplo), é preferível optar pela versão embalada (poupança de 10%), ou já pronta, cortada e ultracongelada, que representa uma poupança de 75%.

No caso das ervilhas, a opção congelada chega a custar metade do preço das enlatadas.

No que respeita aos cogumelos, os inteiros frescos a granel são mais em conta (17%) do que os laminados e embalados. Se prefere esta última versão, os ultracongelados chegam a ser três vezes mais baratos do que os frescos.

Peixe ultracongelado sai mais caro do que o fresco na peixaria

Em sentido contrário aos legumes, o peixe ultracongelado sai atualmente mais caro do que o fresco, comprado na peixaria.

Os lombos de salmão frescos (acima de 20 euros o quilo) são em média 21% mais baratos do que os congelados que podem chegar a custar o dobro se consideradas as marcas mais caras, acima de 58 euros o quilo.

A opção é comprar o peixe fresco e congelá-lo em casa, para ter uma reserva, sempre com atenção aos prazos de conservação. No peixe fresco, a poupança pode ser ainda maior se optar por alternativas mais baratas que com igual valor nutricional, como a cavala, a faneca ou a truta.

Afaste-se dos alimentos prontos a usar, como leguminosas enlatadas

Mesmo sendo mais prático, o feijão ou o grão prontos em conserva chegam a ser três vezes mais caras (considerando as latas pequenas) do que comprar as mesmas leguminosas secas e prepará-las em casa. Depois de prontas, pode conservá-las no congelador, para além de ter melhor controlo sob o nível de sal neste alimento.

Se não quer mesmo ter trabalho adicional, opte pelas leguminosas prontas em frasco, que são entre 17% e 40% mais baratas do que as latas (considerando, respetivamente, as pequenas e as grandes).

Da mesma forma, segundo a Deco, deve optar por frutos secos inteiro com a casca, mesmo tendo em conta que, depois de os descascar, fica com cerca de metade do peso. No caso das nozes, chegam a ser 26% mais baratas inteiras e com casca do que o miolo pronta a comer em balado.

Outro produto tentador é o alho ou a cebola já picados e ultracongelados. Mas, alerta a Deco, ao contrário dos legumes congelados, a versão a granel dos dois produtos é em média cerca de 20% mais barata. Se quer poupar tempo nos dias de semana, por exemplo, pique-os em grande quantidade antes e guarde em caixas no congelador.

Escolha embalagens familiares

As embalagens maiores, ou em ‘formato familiar’, permitem quase sempre alguma poupança. Destaca a Deco que produtos muito consumidos em casa ou com prazo de validade mais longo, como o café ou cereais, são os mais interessantes.

Nas cápsulas de café, a caixa de 40 unidades fica 16% mais barata do que quatro caixas de 10 unidades. Nos cereais de pequeno-almoço, de chocolate, a embalagem familiar é em média 14% mais barata do que a pequena. Nos corn flakes, a mesma situação. a poupança da embalagem maior chega aos 11%.

No caso do esparguete, a embalagem pequena de 500 gramas chega a custar, em média, mais 13% do que a grande de 1 kg.

Também nos ultracongelados, como os legumes, os pacotes maiores permitem poupanças. Nos peixes, por exemplo nas embalagens de medalhões de pescada ultracongelados, a poupança e quase nula, segundo a Deco, mas, em produtos como panados ou douradinhos de peixe, a opção pela embalagem familiar ou a versão maior é a mais vantajosa.

Outros conselhos de poupança da Deco

-Comparar preços entre lojas e no local de compra é o primeiro passo;

-Verifique também se as promoções e as embalagens grandes compensam e opte, sempre que possível, por alternativas mais económicas de um mesmo produto. Como mostra este estudo da DECO PROTESTE, este cuidado permite fazer boas economias. Num cabaz de 16 produtos alimentares muito consumidos, optando pelas versões mais baratas, em vez de 112,80 euros, paga 72,80 euros, ou seja, menos 40 euros pela mesma quantidade de alimentos;

-Mas atenção: a exceção confirma a regra, como se costuma dizer. Embora os ultracongelados sejam geralmente mais baratos, no caso do peixe, compensa optar por peixe fresco;

-Quanto aos formatos familiares, por serem, em regra, proporcionalmente mais baratos, o consumidor poderá ter o reflexo de pegar logo numa embalagem grande sem olhar ao preço. E alguns supermercados contam com estas distrações dos consumidores, alerta a DECO PROTESTE, que, neste estudo, encontrou algumas embalagens familiares de cereais que não compensavam face aos pequenos formatos, por exemplo;

-Nunca deixe, por isso, de comparar o preço ao quilo ou litro ou à unidade. Os comerciantes são obrigados a afixá‑lo junto dos produtos, mas estão quase sempre em letra miniatura.

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