Tribunal aprova venda de ativos para salvar Tupperware da falência
A Tupperware Brands obteve a aprovação de um juiz de falências dos EUA para um novo plano de venda de ativos aos seus credores, numa decisão que permite à empresa de produtos de armazenamento alimentar e utensílios de cozinha emergir da falência com a maioria das suas operações intactas.
O juiz Brendan Shannon, do tribunal de falências em Wilmington, Delaware, considerou esta opção como a melhor solução disponível para a Tupperware, revela a ‘Reuters’. A empresa, que tem sede em Orlando, na Flórida, entrou com o pedido de proteção de falência ao abrigo do Capítulo 11 no mês passado, após meses de tentativas frustradas de encontrar um comprador disposto a assumir a sua dívida de 818 milhões de dólares (756 milhões de euros).
O grupo credor que assumirá os ativos da Tupperware é composto pela Stonehill Capital Management Partners e pela Alden Global Capital, duas firmas de investimento que adquiriram a dívida da empresa com um desconto significativo no verão passado. Como parte do acordo, estes credores vão injetar 23,5 milhões de dólares (21,7 milhões de euros) em dinheiro e aliviar mais de 63 milhões de dólares (58 milhões de euros) da dívida da empresa.
A transação inclui a marca Tupperware e os seus ativos em mercados principais, como os EUA, Canadá, México, Brasil, China, Coreia, Índia e Malásia. Contudo, a empresa pretende encerrar operações em alguns mercados e adotar um modelo de negócios “digital-first”, focado em tecnologia e com menos ativos físicos, afirmou a CEO Laurie Ann Goldman, numa declaração recente.
Inicialmente, os credores tinham-se oposto ao plano de venda aberta da Tupperware, preferindo reivindicar os ativos. A oposição levou ao corte no acesso da empresa a fundos durante o processo de falência, até que ambas as partes chegaram a um acordo que agora foi ratificado pelo tribunal.