“O ‘avanço de Trump’ continua a impulsionar os mercados em todo o mundo”, considera a Partner da Ebury

A subida nas sondagens de Doald Trump continua a ter um efeito significativo nos mercados globais, incluindo o setor das moedas. Apesar da corrida presidencial nos EUA estar extremamente renhida, as últimas sondagens têm demonstrado uma tendência desfavorável para Trump, resultando em taxas de juro mais elevadas nos EUA devido ao receio de um aumento substancial da emissão de dívida. Esta situação contribuiu para uma valorização do dólar em todo o mundo.

“O ‘avanço de Trump’ continua a impulsionar os mercados em todo o mundo e as moedas não são exceção”, sublinha a Partner da Ebury Portugal, Joana Vieira, em declarações à Executive Digest.

A recuperação da moeda norte-americana é atribuída a três fatores principais: a apreensão em relação a tarifas agressivas nos EUA, as mudanças nas taxas de juro nos EUA e uma fuga generalizada para ativos de refúgio, numa altura de incertezas associadas a uma potencial segunda presidência de Trump. É importante destacar que os preços das matérias-primas têm permanecido bastante estáveis, o que pode criar oportunidades de compra em algumas das moedas dos mercados emergentes mais afetados, especialmente na América Latina.

Esta semana, o calendário económico está particularmente carregado de divulgações macroeconómicas. Na Zona Euro, o PIB do terceiro trimestre será divulgado na quarta-feira, seguido pelo relatório preliminar de inflação de outubro na quinta-feira, ambos a influenciar as expectativas de um corte de 50 pontos base na próxima reunião do Banco Central Europeu (BCE). Nos EUA, o PIB do terceiro trimestre e o crucial relatório dos Non Farm Payrolls de outubro estão agendados para quarta e sexta-feira, respetivamente.

“No entanto, esperamos que este dilúvio de dados fique em segundo plano face à série de sondagens que serão divulgadas na reta final da campanha nos EUA”, considera a especialista.






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