Médio Oriente: EUA pedem ao Irão que deixe de atacar Israel
Os Estados Unidos pediram hoje ao Irão que deixe de atacar Israel, para quebrar o ciclo de violência, depois de Israel ter lançado ataques contra a República Islâmica em represália pelo lançamento de mísseis.
“Exortamos o Irão a cessar os ataques contra Israel para que este ciclo de combates possa terminar sem uma nova escalada”, declarou Sean Savett, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos.
Israel declarou já que a série de ataques, “precisos e dirigidos” contra locais de fabrico de mísseis, baterias de mísseis terra-ar e outros sistemas aéreos em várias regiões do Irão, “terminou e a missão foi cumprida”, indicou em comunicado o exército judaico.
“O Irão disparou centenas de mísseis contra o Estado de Israel em dois ataques, em abril e outubro, e está a financiar e a dirigir atividades terroristas através dos aliados no Médio Oriente para atacar Israel”, continuou o exército na declaração, acrescentando que o Irão estava a trabalhar para “minar a estabilidade e a segurança regionais, bem como a economia global”.
Numa declaração separada, o porta-voz do exército israelita explicou que estes ataques deram a Israel “maior liberdade de ação” no espaço aéreo iraniano, avisando Teerão de que pagaria “um preço elevado” por qualquer nova escalada.
As autoridades iranianas disseram que os ataques israelitas causaram “danos limitados”, noticiaram meios de comunicação estatais do Irão.
“Nenhum míssil ou ataque atingiu qualquer base militar da Guarda no oeste e sudoeste de Teerão”, disse a agência de notícias local Tasnim, citando fontes de segurança não identificadas.
“Os sons [de explosões] deveram-se às ações dos sistemas de defesa do exército em três locais à volta de Teerão contra a ação militar israelita”, acrescentou.
O Irão, inimigo declarado de Israel, que não reconhece, disparou mais de 300 mísseis contra o Estado judaico em abril e cerca de 200 em 01 de outubro.
A República Islâmica apoia o movimento de resistência islâmica palestiniano Hamas, em guerra com Israel na Faixa de Gaza desde o ataque ao território israelita em 7 de outubro de 2023, e o movimento xiita libanês Hezbollah.