Donald Trump ou Kamala Harris? Portugueses têm um (claro) favorito, indica estudo

Uma recente sondagem realizada pela Associação Gallup International (GIA) e pela Intercampus mostra que, se os portugueses pudessem votar nas eleições presidenciais dos Estados Unidos em 2024, a vice-presidente Kamala Harris seria a sua escolha destacada. O estudo, conduzido em 43 países ao longo deste mês, revela que 70% dos portugueses optariam por Harris, enquanto apenas 28% escolheriam o ex-presidente Donald Trump. Estes resultados colocam Portugal entre os países que mais fortemente apoiam a candidata democrata, refletindo uma tendência global de apoio à sua candidatura.

Portugal ocupa o terceiro lugar na lista dos países que consideram Kamala Harris como provável vencedora, com 62% dos inquiridos a afirmar que a vice-presidente dos EUA vencerá as eleições, comparado com 28% que acham que Trump levará a vitória. A nível global, 54% dos inquiridos demonstraram preferência por Harris, enquanto 26% apoiam Trump. No entanto, quando questionados sobre quem efetivamente vencerá as eleições, a distribuição das respostas torna-se mais equilibrada, com 47% a prever uma vitória de Harris e 34% a de Trump.

Impacto das eleições norte-americanas em Portugal

Para além da preferência eleitoral, os portugueses também mostraram uma forte consciência sobre a influência das eleições americanas no seu próprio país, com 65% dos inquiridos a considerar que o resultado das eleições terá um impacto significativo em questões como a economia, o progresso social e a gestão de conflitos armados que afetam o contexto global e, indiretamente, Portugal.

António Salvador, diretor-geral da Intercampus, comentou sobre os resultados, observando que “este estudo revela uma clara preferência global pela vitória da candidata Kamala Harris. No entanto, ainda existe uma incerteza considerável sobre o desfecho real das eleições, com a percepção dividida entre intenções de voto e previsões de vitória.”

Apoio por regiões: Europa Ocidental e América Latina favorecem Harris, Europa Oriental apoia Trump

A análise da GIA demonstra uma tendência regional significativa na distribuição de apoios: Kamala Harris é amplamente favorecida na Europa Ocidental e na América Latina, enquanto Trump conta com maior apoio na Europa Oriental e no Sudeste Asiático. Na Europa, a Dinamarca lidera o apoio a Harris com 85% dos inquiridos a indicarem que votariam na candidata democrata, seguida pela Finlândia (82%), Suécia e Noruega (ambas com 81%). Por outro lado, Trump encontra maior apoio na Sérvia (59%), Hungria (49%), Bulgária (49%) e Cazaquistão (44%).

Perspetivas globais sobre o impacto de Harris e Trump na posição mundial dos EUA

A sondagem revelou ainda que uma parte substancial dos inquiridos considera que a vitória de Kamala Harris poderia melhorar a posição dos Estados Unidos no cenário global. Especificamente, 38% dos participantes acredita que Harris contribuiria para fortalecer a imagem dos EUA no mundo, enquanto apenas 19% vêem essa possibilidade com uma vitória de Trump. Em contrapartida, 48% dos inquiridos temem que a reeleição de Trump possa piorar a posição americana a nível internacional.

Num período marcado pela instabilidade global, a vitória de Harris é vista como uma possível via para a estabilidade, com 32% dos inquiridos a considerar que a sua eleição contribuiria positivamente para a paz global. Em oposição, 49% afirmam que a eleição de Trump poderá aumentar a instabilidade mundial.

Em relação ao conflito em curso entre a Ucrânia e a Rússia, 59% dos inquiridos acredita que o próximo presidente dos EUA deve manter ou até aumentar o nível de apoio americano à Ucrânia. Este dado reforça a expectativa de que as eleições americanas podem ter um efeito direto na política externa e nas alianças militares internacionais.

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