Polícia responsável pelo disparo mortal sobre Odair Moniz é arguido por homicídio simples: crime pode valer até 16 anos na prisão

O agente da PSP, autor do disparo mortal a Odair Moniz, é arguido por homicídio simples, um crime punível com um máximo de 16 anos de prisão, revelou esta sexta-feira o jornal ‘Expresso’.

“Há uma discrepância entre o que a PSP comunicou sobre o que aconteceu na madrugada de 21 de outubro na Cova da Moura e o que os agentes contaram à PJ quando foram interrogados”, revelou fonte oficial da PSP. “O polícia que matou Odair terá admitido aos investigadores que não houve ameaças com arma branca, mas que houve confrontos físicos que acabaram por resultar na morte do suspeito. Já a PSP garantiu que tinha havido agressão com arma branca.”

O polícia responsável pelos disparos foi ouvido, no mesmo dia, pela Polícia Judiciária e foi constituído arguido por homicídio simples, sendo que a investigação da PJ e do Ministério Público pode vir a alterar o quadro jurídico para homicídio por negligência (com uma moldura penal de até cinco anos) ou mesmo considerar ter-se tratado de um caso de legítima defesa.

Essencial para a investigação são as imagens do momento dos disparos, captadas por câmaras de vigilância, que demonstram que Odair Moniz não tinha uma faca na sua posse no momento em que decidiu confrontar os agentes da PSP – no entanto, foi encontrada uma faca no local onde morreu.

O caso está a ser investigado, segundo o semanário, por três entidades diferentes: PSP, IGAI (Inspeção Geral da Administração Interna) e Ministério Público.






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