Consultas médicas adiadas, escolas fechadas e Função Pública na rua: sindicato espera milhares de pessoas na manifestação desta sexta-feira

A Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública vai realizar, esta sexta-feira, uma Manifestação Nacional em Lisboa.

Em comunicado, o organismo informou que “foram emitidos avisos prévios de greve que, para além de permitirem a deslocação dos trabalhadores à manifestação, terão impacto relevante em diversos serviços públicos de todo o país”, sendo que está prevista a saída de autocarros de diversos pontos do país.

O protesto tem início esta sexta-feira às 15 horas, na Praça do Marquês de Pombal, seguindo depois para a Assembleia da República.

No manifesto da Frente Comum, publicado nas redes sociais, pode ler-se que “com as políticas de empobrecimento dos Governos do PSD/CDS e do PS, as desigualdades têm aumentado, com os pobres cada vez mais pobres e os ricos cada vez mais ricos”.

“A continuação dos baixos salários e sem a reposição do poder de compra, os trabalhadores estão a empobrecer e muitos deles, não conseguem fazer face às despesas do dia a dia, como comer e pagar a renda”, sustenta a Frente Comum, garantindo que o “empobrecimento não é uma fatalidade e tem de acabar”.

O coordenador da Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública disse esperar “milhares de trabalhadores” na manifestação nacional de sexta-feira e antecipa que os pré-avisos de greve emitidos tenham “um grande impacto” em diversos setores do Estado.

“Vamos ter milhares de trabalhadores em Lisboa”, afirmou o coordenador da Frente Comum, em declarações à agência Lusa, acrescentando que espera uma elevada adesão de “diversos setores” do Estado.

Sebastião Santana indicou ainda que foram emitidos vários pré-avisos de greve “durante todo o dia” de sexta-feira, de modo a “permitir a deslocação de trabalhadores à manifestação”.

Os setores mais afetados deverão ser a educação, a saúde e os serviços de atendimento ao público, nomeadamente os “serviços da Segurança Social e das finanças”, precisou, em declarações à Lusa.

Em 27 de setembro, a Frente Comum anunciou uma manifestação nacional para 25 de outubro em Lisboa, que terá início às 15:00 horas na Praça do Marquês de Pombal, seguindo depois para a Assembleia da República, para exigir aumentos dos salários e pensões, a valorização das carreiras dos funcionários públicos e o reforço dos serviços públicos.

No caderno reivindicativo, a Frente Comum exige aumentos salariais de, pelo menos, 15%, com um mínimo de 150 euros por trabalhador, a partir de janeiro de 2025.

Além disso, a Frente Comum, afeta à CGTP, exige também um aumento intercalar das remunerações, com o intuito de “repor o poder de compra perdido”, e quer que o subsídio de alimentação seja aumentado para 10,50 euros, segundo o texto final da proposta reivindicativa para 2025, aprovado no final de setembro.

A proposta da Frente Comum prevê um aumento do salário mínimo na administração pública para 1.000 euros, a partir de janeiro.

Esta proposta de atualização salarial da Frente Comum é superior ao valor que o Governo propôs aos sindicatos da Administração Pública, que pressupõe que a base remuneratória da administração pública suba para 875 euros em 2025.

Ler Mais



Comentários
Loading...