Médio Oriente: Exército israelita acredita ter eliminado liderança do Hamas e Hezbollah

Israel conseguiu eliminar toda a cadeia de comando do movimento palestiniano Hamas e do seu aliado libanês Hezbollah, ambos apoiados pelo Irão, e desmantelou grande parte das suas capacidades militares, noticiou a AFP citando um alto responsável de Telavive.

Israel, adiantou a mesma fonte a coberto de anonimato, não está a travar “uma guerra contra Gaza, ou outra guerra contra o Líbano”, mas sim “uma guerra contra o Irão, por vezes diretamente, por vezes indiretamente, através dos aliados do Irão”.

“Estamos preparados para meses e vamos ficar o tempo que for necessário para garantir a nossa segurança”, disse a mesma fonte, referindo-se às operações militares em curso na Faixa de Gaza e no Líbano, bem como a uma potencial resposta israelita ao ataque iraniano de 01 de outubro.

Após um ano de ofensiva israelita na Faixa de Gaza, desencadeada pelo ataque sem precedentes do Hamas contra Israel, a guerra estendeu-se em setembro ao Líbano, onde as forças israelitas conduzem operações terrestres, apoiadas por ataques aéreos, contra o Hezbollah.

Na Faixa de Gaza, o exército está atualmente a conduzir uma grande ofensiva no norte do território, com um pesado balanço humano, segundo fontes palestinianas.

Desde 07 de outubro de 2023, 29 soldados israelitas morreram em trocas de tiros com o Hezbollah e 358 foram mortos em Gaza, segundo um relatório da AFP baseado em números oficiais israelitas.

O objetivo do exército é enfraquecer o mais possível estes “grupos terroristas”, explicou a fonte anónima.

Na Faixa de Gaza, o alto responsável estimou que o movimento islamita detém “cerca de mil” combatentes e “no máximo uma centena” de foguetes de longo alcance capazes de atingir Telavive.

Israel pretende ainda transitar de uma dinâmica centrada em “organizações para (uma dinâmica centrada em) Estados” e não pretende “tomar o lugar do Líbano”, adiantou.

Apenas Israel se encontra “em posição de fazer cumprir” os parâmetros da Resolução 1701, que prevê a cessação das hostilidades em ambos os lados da fronteira e que apenas as forças de manutenção da paz da ONU e o exército libanês podem ser destacados para o sul do Líbano, pelo que o seu exército deve permanecer no local.

“O exército vai ficar o tempo que for necessário” e “só quando a segurança estiver garantida é que será altura de pensar na fase seguinte”, acrescentou.

A ofensiva contra Gaza foi lançada após os atentados do Hamas em 07 de outubro de 2023, que causaram cerca de 1.200 mortos e quase 250 reféns, segundo Israel.

As autoridades de Gaza, sob o controlo do Hamas, referiram cerca de 42.800 mortos, para além de cerca de 750 palestinianos mortos pelas forças de segurança israelitas e em ataques de colonos na Cisjordânia e em Jerusalém Leste.

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