Ensaio. Polestar 4: o SUV coupé elétrico que pretende ir mais além!

A marca que pertence também ao chineses da Geely juntamente com a Volvo,  apostou no lançamento de um estradista a que deu nome de Polestar 4 (estrela polar 4). E tem razões para sorrir!

Muitas vezes pensamos quais os motivos pelos quais um Grupo como a Geely adquiriu a Volvo e a Polestar, marca esta que possui ainda a Geely Auto (mercado chinês); Geometry; Lynk & Co; Lotus; Proton, LEVC (London Electric Vehicle Company), além de veículos comercias e participações estratégicas com a Daimler AG e a Terrafugia (mobilidade urbana e veículos voadores).

A Geely pretende estar em todos os segmentos de mercado e para isso posiciona-se (o modo como quer ser vista pelo consumidor) com duas marcas com mensagens (produtos) distintos:

 

VOLVO

POLESTAR

SEGMENTO

Premium

Veículos elétricos

Veículos híbridos.

Premium

Veículos elétricos de alto desempenho

 

FOCO Segurança

Sustentabilidade

Tecnologia de ponta

Inovação

Design vanguardista

Sustentabilidade

E ciente deste posicionamento, qualquer Polestar tem na sua génese qualidade de produto e muita atenção ao detalhe. A marca já tinha elevado a fasquia, ao apresentar um produto superior e que pudesse suplantar a concorrência com o 3. Aqui esmerou-se.

As linhas exteriores são distintas do 3 mas, nem por isso, menos elegantes. A zona frontal tem o emblemático martelo de Thor mas aqui dividido em 2 óticas: prefiro mesmo assim o formato da frente do 3!

A traseira cativa, mas é a ausência do vidro traseiro que intriga, tendo sido a inovação da marca, substituindo o mesmo por câmaras! Muito provavelmente o vidro – mesmo que, de pequenas dimensões, era possível, mas a inovação parecer ser o foco. Face ao Polestar 3 nota-se bem o aumento das dimensões; já em condução não. A estacionar sim!!

Exteriormente, o Polestar 4 destaca-se pela elegância e robustez no desenho, pelas pegas das portas retráteis, JLL de grandes dimensões e pela quantidade de câmaras que possui.

Interiormente, era difícil a marca fazer melhor que o 3, mas tal, foi conseguido! Os bancos ergonómicos perfurados, totalmente elétricos, com sistema de ventilação, aquecimento e massagens mantêm o cheiro da pele natural, mesmo sendo sintéticos. O volante, possui a pega e o diâmetro correto. A marca já nos habituou a não ter o botão Start, passando simplesmente a clicar na manete e seguir viagem – Simply Clever!

Torna-se um exercício difícil encontrar materiais de menor qualidade. Todos os plásticos são moles e os detalhes existem por todo lado, a começar nas colunas em formato quadrado da Harman Kardon. O painel central com mais de 15 polegadas permite uma boa legibilidade e a usabilidade marca presença, sendo fácil a transição de menus! Todas as funções estão ali concentradas, tal como no Tesla, incluindo o ar condicionado. O único botão que existe é na consola central para aumentar o volume da música e do áudio.

A habituação à câmara traseira no espelho retrovisor é rápida sendo que a qualidade da mesma é boa.

O coeficiente aerodinâmico, fruto do centro de gravidade do 4 e do formato coupé melhora, mesmo face ao Polestar 3.

O Polestar 4 é daqueles automóveis que, quando nos sentamos no mesmo, rapidamente nos integramos e sentimos fazer parte do ecossistema do automóvel. O espaço interior é desafogado (os bancos traseiros reclinam) mas é sobretudo a acústica de nível superior que surpreende, onde a experiência sonora é fantástica, sendo que uma das opções passa por ter a música, ou áudio, nos encostos de cabeça. A insonorização segue pelo mesmo diapasão.

Percebe-se que houve muita atenção ao detalhe para lançar este modelo. Dito de outro modo, algumas viaturas parecem ter sido feitas por equipas separadas sem um fio condutor único. Esta parece um trabalho de equipa, de uma orquestra.

Quis o acaso que parte do ensaio fosse feito sob chuva intensa e com a versão de 544 cavalos com tração integral. Para as nossas estradas e limites de velocidade é “demasiado cavalo”, mas aquilo que se nota é uma precisão da direção elevada, bem como o seu peso. O conforto está num patamar superior, bem como o comportamento, que é assegurado pelos suspensões (reguláveis) e pelos dois motores.

O Polestar 4 encarna a filosofia de um estradista puro, sendo que à noite a iluminação minimalista e as zonas perfuradas dos painéis laterais das portas criam uma “mini obra de arte” desenhada nas portas.

Adquirir este modelo significa pagar mais de €63 000 pela versão single motor ou mais de 73 000€  pela versão com motor duplo. Existem motivos claros e inequívocos que justificam os valores: segurança, inovação, nível de equipamento, qualidade de construção e de materiais, mas, sobretudo, o nível de detalhe que a marca colocou no produto.

 

 

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