Venezuela: 19 detidos por conspirarem para derrubar Nicolás Maduro

O ministro do Interior, Justiça e Paz, da Venezuela anunciou hoje a detenção, em várias operações, de 19 pessoas entre elas vários espanhóis e norte-americanos, alegadamente envolvidos em um plano para derrubar o Presidente Nicolás Maduro.

“A todos esses cidadãos estrangeiros se lhes garantirá os seus direitos, mas os seus governos devem assumir que eles estão vindo para a Venezuela para conspirar contra um país, para atacar objetivos civis e militares, serviços públicos, para prejudicar nosso país”, disse.

O anúncio foi feito numa conferência de imprensa, transmitida pela televisão estatal, durante a qual Diosdado Cabello acusou o Centro Nacional de Inteligência (CNI, serviços de informações) de Espanha de estar a contratar mercenários para afastar o chavismo do poder na Venezuela, com o apoio das agências norte-americanas DEA e CIA.

“Peço a colaboração da população venezuelana. Até agora, as informações que recebemos de pessoas que viram movimentos estranhos tem sido extremamente importante”, disse o ministro que mostrou um 71 armas confiscadas, de um lote de 500, e disse ter recebido um alerta dos EUA sobre o tráfico de armamento de contrabando desde esse país para a Venezuela, por via marítima.

Além de espanhóis e norte-americanos, Diosdado Cabello, disse estarem detidos também cidadãos de nacionalidade checoslovaca, mexicana, equatoriana, boliviana e colombiana.

“É uma operação em que o CNI introduz armas e mercenários à Venezuela, estabelecem contactos com grupos criminosos [Tren de arágua e Tren del Llano] para atacar pontos estratégicos do país, para assassinar dirigentes da revolução, fazer dano ao nosso povo e, em última instância, depor o governo revolucionário”, disse o ministro precisando que os detidos seriam responsáveis por um apagão elétrico que na quarta-feira deixou temporariamente às escuras 25% do país.

Diosdado Cabello, insistiu em acusar o ex-comissário e ex-secretário de Segurança Cidadã do Distrito Capital venezuelano Iván Simonovis [ex-preso político, atualmente asilado na Espanha] de ser o artífice do cobrando de armas reiterando que estava a seguir ordens da líder opositora María Corina Machado.

Em 14 de setembro último, o ministro do Interior e Justiça da Venezuela, Diosdado Cabello, anunciou a detenção de três cidadãos norte-americanos, dois espanhóis e um checoslovaco por alegadamente estarem envolvidos em atividades de desestabilização no país.

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