AMA contrata Claranet por ajuste direto para “medidas urgentes” que evitem novo ataque

A Agência para a Modernização Administrativa (AMA) contratou a tecnológica Claranet, por ajuste direto, por cerca de 193 mil euros, para implementação de medidas urgentes de segurança, com o objetivo de “evitar novo ataque”, segundo informação do Portal Base.

De acordo com o detalhe do contrato, noticiado pelo jornal Público, o procedimento escolhido foi ajuste direto, neste caso para prestação de serviços de assessoria informática, à empresa Claranet II Solutions, por 192.992,45 euros.

Em 10 de outubro, as infraestruturas da AMA foram alvo de um ciberataque, tendo a entidade informado que se encontrava com uma disrupção na sua rede em virtude de um ataque informático (‘ransomware’) e, por isso, esteve, preventivamente, indisponível o acesso a diversas plataformas e serviços digitais.

O objeto do contrato publicado no Portal Base, com a Claranet, é a “prestação de serviços de assessoria informática, para implementação de medidas urgentes e necessárias de práticas de segurança urgentes, desde ‘backups’ seguros até medidas avançadas, a implementar de imediato, a fim de evitar um novo ataque em face da vulnerabilidade atual dos sistemas e garantir a segurança dos dados envolvidos através de apoio de especialistas em soluções de Cloud & Infra, Data & IA, Aplications e Workplace, no âmbito do Cybersecurity Incident Response Service, em regime de bolsa de horas”.

No mesmo Portal, dá-se ainda uma justificação para a não redução a escrito do contrato, alegando “motivos de urgência imperiosa resultante de acontecimentos imprevisíveis pela entidade” o que faz com que seja “necessário dar imediata execução ao contrato” prevista no Código dos Contratos Públicos.

Na quarta-feira, o Ministério da Juventude e Modernização informou que “a maior parte das entidades afetadas” pelo ciberataque “encontra-se com os serviços repostos”.

Assim, “encontram-se operacionais os principais serviços, como Autoridade Tributária, Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, Segurança Social, Casa da Moeda e Instituto de Gestão Financeira e Equipamento da Justiça (IGFEG)”, segundo a última atualização da situação.

A Lusa contactou o Ministério da Juventude e Modernização e Claranet e encontra-se à espera de resposta.

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