Crédito à habitação: Peso da taxa variável cai pela metade em 10 Anos

O mercado de crédito à habitação em Portugal sofreu transformações significativas na última década, com uma redução dos empréstimos para compra de casa, um aumento dos reembolsos antecipados e uma menor dependência da taxa de juro variável.

Uma das principais mudanças foi a queda no peso da taxa de juro variável, que passou de 90% dos contratos em 2014 para 42% em 2023. A taxa mista, por sua vez, ganhou relevância, subindo de 8% para 45% no mesmo período, enquanto a taxa fixa também aumentou a sua participação para mais de 12%. No entanto, a maioria dos contratos antigos ainda é composta por taxa variável, representando 86% das carteiras de crédito dos bancos, revela o ‘Negócios’.

O número total de contratos de crédito à habitação diminuiu nos últimos anos, passando de 1,6 milhões em 2014 para 1,35 milhões no final de 2023. Apesar do aumento de novos contratos, que subiram de 28.500 para mais de 99.000 nesse período, este crescimento não foi suficiente para compensar os contratos que chegam ao fim ou são reembolsados antecipadamente.

Os reembolsos antecipados aumentaram significativamente, atingindo mais de 247.600 em 2023, muito acima dos 66.200 registados em 2014.




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