Gaza: Começa hoje segunda fase da campanha de vacinação contra a poliomielite

Esta segunda-feira marca o início da segunda fase da campanha de vacinação contra a poliomielite na Faixa de Gaza, uma região devastada por mais de um ano de conflito intenso. A campanha, liderada pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), visa imunizar cerca de 590 mil crianças com menos de 10 anos de idade, numa tentativa urgente de conter a propagação da doença.

A diretora executiva da UNICEF, Catherine Russell, anunciou na passada quinta-feira o arranque desta nova fase e destacou a importância da sua realização. “A segunda ronda de vacinação contra a pólio na Faixa de Gaza está confirmada e começará a 14 de outubro, com o objetivo de vacinar aproximadamente 590 mil crianças menores de 10 anos”, escreveu Russell nas redes sociais.

Devido à gravidade da situação na região, onde a higiene e saneamento se encontram em condições extremamente precárias devido à agressão contínua, Russell sublinhou que foram acordadas pausas humanitárias específicas para permitir a execução da campanha. “Sem estas pausas, é impossível vacinar as crianças”, afirmou, apelando ao cumprimento rigoroso destas tréguas temporárias.

Além da vacinação, as crianças também receberão suplementos de vitamina A para reforçar o sistema imunitário. A UNICEF informou que, na quarta-feira, chegaram novos equipamentos e caixas refrigeradas, essenciais para garantir que as vacinas são administradas de forma eficaz. “Com o material adicional que chegou ontem, a UNICEF está pronta para vacinar as crianças e parar a transmissão da poliomielite”, acrescentou Russell.

A primeira fase da campanha de vacinação foi concluída a 16 de setembro, tendo alcançado uma taxa de cobertura de 90%. A iniciativa, uma resposta à deteção do primeiro caso de pólio na Faixa de Gaza a 16 de agosto, foi organizada em colaboração com várias entidades, incluindo o Ministério da Saúde da Palestina, a Organização Mundial da Saúde (OMS), a UNICEF e a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA).

Esta campanha de vacinação em massa é uma resposta necessária ao reaparecimento da doença numa região já fragilizada por um ano de violência, e é vista como um esforço conjunto para proteger as crianças e evitar uma crise de saúde pública ainda mais grave.

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