Este campo de petróleo produz 800 mil barris por dia e já despertou o interesse da Galp

O Brasil consolidou-se como uma potência petrolífera em poucos anos, com a produção diária de mais de três milhões de barris de petróleo, ultrapassando países como a Venezuela e o México. Atualmente, é o terceiro maior produtor de petróleo nas Américas, atrás apenas dos EUA e do Canadá. Agora, a Petrobras está a dar passos decisivos para reativar o campo petrolífero de Tupí (também conhecido como Lula), uma das maiores descobertas de petróleo do país.

Este campo, localizado na Bacia de Santos, na costa sudeste do Brasil, foi crucial para transformar a indústria petrolífera brasileira. A sua descoberta, no início dos anos 2000, deu um impulso significativo à produção de petróleo no país. No entanto, nos últimos anos, diversos fatores fizeram com que a produção no campo diminuísse, levando a Petrobras a planear a revitalização do local.

De acordo com fontes da Bloomberg, a Petrobras está prestes a alcançar um acordo com os reguladores governamentais que permitirá à empresa avançar com a reativação completa do campo de Tupí. O objetivo é travar o declínio natural da produção e investir em novas perfurações e tecnologias que aumentem a extração de petróleo. Atualmente, o campo produz entre 750.000 e 800.000 barris por dia, números que se comparam à produção total da Venezuela, que outrora foi o líder regional.

Descoberto em águas profundas, o campo de Tupí encontra-se sob uma formação geológica complexa, conhecida como “pré-sal”, que contém enormes reservas de hidrocarbonetos. A sua exploração requer tecnologias avançadas devido à profundidade e aos desafios impostos pela camada de sal que cobre as jazidas de petróleo, conta o ‘elEconomista’.

Com capacidade para produzir mais de um milhão de barris por dia, Tupí já foi responsável por colocar o Brasil entre os 10 maiores produtores de petróleo do mundo. Além disso, gerou receitas significativas em impostos e atraiu o interesse de grandes empresas petrolíferas internacionais, como a Shell e a Galp.

A Petrobras está a estudar a possibilidade de adicionar mais um navio flutuante de produção (FPSO) para aumentar a capacidade do campo. Este movimento visa recuperar os níveis de produção do passado, quando o Tupí atingia a marca de um milhão de barris por dia. A expectativa é que este processo de revitalização seja definido no próximo plano estratégico da empresa.

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