Filho de Marcelo ‘apanhado’ em investigação de corrupção em Espanha. Nuno Rebelo de Sousa surge referido em mensagens

O filho do Presidente da República, Nuno Rebelo de Sousa, foi mencionado em mensagens trocadas entre Victor de Aldama, ex-presidente do Zamora FC e um dos protagonistas do caso Koldo, e Cláudio Rivas, um empresário do setor dos hidrocarbonetos. Ambos estão sob investigação por corrupção e fraude fiscal, que ascende a 182 milhões de euros.

Em declarações à SÁBADO, Nuno Rebelo de Sousa garantiu que “não conhece o referido senhor” e que o assunto “é-lhe totalmente estranho”, quando questionado sobre a alegada ligação à investigação.

As mensagens foram reveladas inicialmente pelo jornal El Confidencial e fazem parte da investigação da Guardia Civil, que detém documentos que sugerem que Aldama e Rivas tentavam expandir a Villafuel, uma rede de gasolineiras, para Portugal. Numa troca de mensagens datada de 4 de agosto de 2021, Aldama mencionou ter uma reunião agendada com “o filho do presidente de Portugal”, que teria mostrado interesse em entrar na empresa com uma percentagem. No entanto, Cláudio Rivas expressou reservas sobre essa associação, afirmando: “Não, em Portugal não ponho ninguém até que a Agip nos diga se entram como sócios.”

Contactado pela SÁBADO, Nuno Rebelo de Sousa reiterou que não teve reuniões com Aldama, não sabe nada sobre o negócio mencionado e repudia qualquer ligação que possa ser feita a si nesse contexto. Embora as mensagens estejam anexadas ao relatório da Guardia Civil, o nome de Nuno não aparece no documento.

A relação entre Rivas e Aldama é descrita como relevante pela Guardia Civil, que aponta para possíveis implicações de Rivas em fraudes no setor dos hidrocarbonetos. O relatório também menciona que Rivas era o único sócio e gerente da empresa Intensyellow, que passou a ser controlada por uma empresa espanhola em 2021. A troca de mensagens inclui discussões sobre como operar em Portugal, com Aldama a questionar se o objetivo era obter contratos de armazenamento ou vender produtos ao governo.

Victor de Aldama, agora detido, é um dos principais implicados no caso Koldo, que envolve um escândalo de corrupção relacionado com a aquisição de material sanitário durante a pandemia de COVID-19. A investigação aponta que Aldama pode ter transferido mais de um milhão de euros para uma conta em Portugal, parte de um esquema para ocultar património por meio da criação de várias empresas.

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