OE2025: “Orçamento do Estado vai garantir o colapso climático, a pobreza e a injustiça social”, denuncia Climáximo
O Climáximo criticou, esta quinta-feira, a proposta de Orçamento do Estado para 2025, apresentado pelo Governo.
Em comunicado, o grupo ativista salientou que “estamos a meio da década de 2020. À nossa volta vemos a devastação causada pelos incêndios, as casas destruídas e as vidas perdidas. Vemos um furacão de categoria 5 a atingir os Estados Unidos poucos dias depois de uma tempestade ter morto milhares de pessoas”.
“Vemos a seca a intensificar-se, nomeadamente no Algarve onde os níveis de armazenamento de água nas albufeiras estão abaixo dos 50% desde 2022. No entanto, quando olhamos para a discussão e o documento do Orçamento do Estado, vemos Governos e partidos que preferem fazer birras em torno dos pontos percentuais do IRC, em vez de se preocuparem em colocarem como prioritária a resolução da maior crise alguma vez enfrentada pela Humanidade e garantirem uma vida digna e justa para toda a população”, afirmou o coletivo.
“Este orçamento é uma prova dos ataques contra as pessoas e o planeta que os Governos e as empresas planeiam continuar a levar a cabo em nome dos seus lucros. Não apresenta nenhum investimento em empregos para o clima ou numa transição energética justa para sairmos da economia fóssil. E garante a manutenção e proliferação de infraestruturas fósseis, como a expansão do aeroporto e as centrais de gás, autênticas bombas de carbono. Este Orçamento do Estado só vem comprovar que eles não estão do lado das pessoas”, indicaram.
O comunicado deixa ainda um apelo para “todas as pessoas” para a “ação de resistência civil em massa ‘Parar Enquanto Podemos’, a 23 de novembro, em Lisboa, cujo objetivo é “quebrar a normalidade e entrar em resistência climática”.