“Investidores estarão a acompanhar de perto os acontecimentos que se desenrolam na guerra do Médio Oriente”, diz partner da Ebury Portugal

A semana que hoje começa terá como foco a inflação, com a divulgação do relatório do IPC de setembro dos EUA na quinta-feira. “Seria necessária uma enorme surpresa ascendente para inviabilizar um corte nas taxas de juro na reunião de novembro da Fed, que os mercados consideram agora como uma certeza”, considera Joana Vieira, partner da Ebury, em declarações à Executive Digest.

“Espera-se que vejamos alguns relatórios desfasados da Zona Euro (vendas a retalho) e do Reino Unido (PIB, produção industrial e de construção), todos relativos ao mês de agosto e que provavelmente não farão muita diferença. Além disso, os investidores estarão a acompanhar de perto os acontecimentos que se desenrolam na guerra do Médio Oriente”, detalha a especialista.

Já a semana passada ficou marcada por pelo rally do dólar que se estendeu pela segunda semana consecutiva, com a ajuda das fortes notícias macroeconómicas dos EUA e das preocupações geopolíticas crescentes, que fizeram com que os investidores se refugiassem no dólar.

Joana Vieira explica que o relatório de emprego de setembro nos EUA veio dar uma nova força à recuperação do dólar. Todas as principais moedas caíram na semana passada em relação ao dólar americano, exceto algumas divisas de países latino americanos exportadores de petróleo, com o peso mexicano a liderar beneficiando da subida dos preços do petróleo bruto e da sua distância do Médio Oriente.

A semana que passou ficou ainda marcada por outro relatório de inflação moderada emitido na Zona Euro que mostrou que o BCE está no bom caminho para aliviar a situação na sua reunião de outubro. “Na verdade, os mercados estão a prever cortes em cada uma das próximas quatro reuniões até ao segundo trimestre de 2025”, destaca a Ebury.

 

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